Agência de notícias
Publicado em 21 de julho de 2025 às 15h38.
Numa referência indireta à decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas de 50% para produtos brasileiros, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira, após encontro com líderes de outros países sobre democracia realizado no Chile, que as nações precisam atuar juntas em um momento em que "o extremismo tenta reeditar práticas intervencionistas".
— Neste momento que o extremismo tenta reeditar práticas intervencionistas, precisamos atuar juntos — discursou Lula.
Esser foi o segundo encontro de uma iniciativa em defesa da democracia e contra os extremismos, lançada no ano passado em conjunto por Brasil e Espanha. Além de Lula, participaram da reunião nesta segunda-feira o anfitrão, Gabriel Boric, o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sanchez, e os presidentes da Colômbia, Gustavo Petro, e do Uruguai, Yamandú Orsi.
Lula disse que a situação do mundo se agravou depois do encontro do ano passado. Também destacou que a democracia liberal não foi capaz de responder aos anseios e necessidades contemporâneas. E acrescentou que "o sistema político e os partidos caíram em descrédito".
— Vivenciamos uma nova ofensiva anti-democrática.
O presidente brasileiro disse que os participantes da reunião concordam sobre "a necessidade de regulamentação das plataformas digitais e do combate à desinformação".
— Liberdade de expressão não se confude com autrorização para incitar a violência, difundir o ódio, cometer crimes e atacar o estado democrático de direito.
Lula ainda relacionou a coesão e a legitimidade da democracia ao combate às desigualdades.
— Não há justiça em um sistema que amplia benefícios para o grande capital e corta os direitos sociais.
Para o presidente do Brasil, a "justiça tributária é outro passo para recolar a economia a serviço do povo".
— Os super ricos precisam arcar com a sua parte nesse esforço.