Economia

Mantega: Argentina não está em default e efeito aqui é nulo

Para ministro da Economia, efeitos da disputa em torno da dívida do país vizinho têm "efeito nulo" no Brasil neste momento


	Guido Mantega: "não creio que a Argentina esteja em default, porque ela continua pagando a sua dívida"
 (Antonio Cruz/Agencia Brasil)

Guido Mantega: "não creio que a Argentina esteja em default, porque ela continua pagando a sua dívida" (Antonio Cruz/Agencia Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 31 de julho de 2014 às 11h30.

Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, avaliou nesta quinta-feira que a Argentina não entrou em default e que os efeitos da disputa em torno da dívida do país vizinho têm "efeito nulo" no Brasil neste momento.

"Não creio que a Argentina esteja em default, porque ela continua pagando a sua dívida, ela depositou a parcela dos credores e há algumas semanas pagou o Clube de Paris", disse Mantega a jornalistas ao chegar no Ministério da Fazenda.

"Ela não está dando calote, é uma situação excepcional, o que está impedindo é o juiz", acrescentou, referindo-se ao juiz norte-americano Thomas Griesa que determinou que a Argentina não pode pagar credores que participaram de suas reestruturações de dívida se não pagar os credores que não participaram, os chamados "holdouts".

Mantega disse acreditar que ainda "há margem de negociação" para resolver a situação, mas minimizou os efeitos no Brasil decorrentes dessa disputa.

"O impacto disso no Brasil num primeiro momento é nulo, estamos falando de um segmento de mercado muito pequeno, não afeta o mercado internacional", disse.

Ele ponderou, porém, que a decisão da Justiça norte-americana "afeta a questão de futuras reestruturações de dívidas que venham a ser feitas no mundo".

Acompanhe tudo sobre:América LatinaArgentinaDívida públicaeconomia-brasileiraGuido MantegaPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileiros

Mais de Economia

Com Pix, brasileiros economizam R$ 107 bilhões em cinco anos, diz estudo

Câmara aprova MP que permite pagamento extra a servidores para reduzir fila de 2 milhões do INSS

Emprego com carteira assinada cresce 22,9% no Paraná desde 2020 — no maior ritmo do país

Exportações de produtos brasileiros afetados para os EUA aumentam em julho