Economia

Nova lei dobrará arrecadação com mineração, prevê Dilma

Segundo Dilma, o Novo Marco da Mineração vai ampliar a competição no setor, sem imposições arbitrárias e sem desrespeitar direitos

A presidente Dilma Rousseff em cerimônia de anúncio do novo marco da mineração (Agência Brasil)

A presidente Dilma Rousseff em cerimônia de anúncio do novo marco da mineração (Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de junho de 2013 às 13h46.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira, 18, que a Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM), o royalty da mineração, passará a incidir sobre a receita bruta das mineradoras, com alíquota de até 4%. Segundo ela, essa mudança na regra de cálculo vai permitir dobrar a arrecadação proveniente dessa atividade.

Segundo Dilma, o Novo Marco da Mineração vai ampliar a competição no setor, sem imposições arbitrárias e sem desrespeitar direitos. "Propomos um ambiente de maior competitividade e aproveitamento das riquezas minerais do País, que respeita o ordenamento jurídico e exige regras licitatórias transparentes", afirmou.

A presidente disse que o objetivo do novo marco é acabar com a especulação produtiva, sem investimentos, e inaugurar uma era de relações mais competitivas. Dilma disse que o Conselho Nacional de Política Mineral vai proporcionar um assessoramento de qualidade à Presidência da República, com uma visão estratégica sobre o uso dos recursos e seus impactos na economia e na sociedade.

Dilma disse que o marco vai converter o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) na Agência Nacional de Mineração. A criação do órgão não vai implicar em novos gastos, garantiu a presidente, mas vai ampliar a capacidade de regulação no setor.

"O objetivo é regular a atividade mineral com base na legislação aprovada no Congresso, mediar conflitos e zelar por garantias contratuais", disse.


Segundo Dilma, o novo marco da mineração representa uma vitória daquilo que mais interessa às empresas e à sociedade: "Concorrência, transparência, segurança jurídica, respeito ao meio ambiente e aos trabalhadores envolvidos". "É uma vitória da sociedade, daqueles que vivem nas regiões das minas e dos trabalhadores."

Dilma disse ainda que os contratos terão exigência ambientais claras. "Ao fechar uma mina, a empresa vai ter que recuperar ambientalmente a região que ela explorou", afirmou. Dilma disse que, com o novo marco, o governo construirá um ambiente de segurança para os investimentos de longo prazo.

"Um ambiente assegurado pela estabilidade econômica, da qual não abriremos mão jamais, e avalizado pela estabilidade política", afirmou. "Poucos países do tamanho do Brasil e com o nosso mercado interno podem oferecer, além de atrativos econômicos, a estabilidade de instituições democráticas plenamente testadas."

Acompanhe tudo sobre:Dilma RousseffGoverno DilmaIndústriaMineraçãoMineradorasPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Economia

Senado aprova em 1º turno projeto que tira precatórios do teto do arcabouço fiscal

Moraes mantém decreto do IOF do governo Lula, mas revoga cobrança de operações de risco sacado

É inacreditável que Trump esteja preocupado com a 25 de Março e Pix, diz Rui Costa

Tesouro: mesmo com IOF, governo precisaria de novas receitas para cumprir meta em 2026