Economia

Países petroleiros se reúnem para discutir corte de produção

O Irã voltou ao mercado depois da recente suspensão das sanções internacionais impostas pelas grandes potências contra seu programa nuclear


	Petróleo: na véspera, Arábia Saudita, Rússia, Venezuela e Catar decidiram em Doha congelar sua produção de petróleo
 (David Mcnew/AFP)

Petróleo: na véspera, Arábia Saudita, Rússia, Venezuela e Catar decidiram em Doha congelar sua produção de petróleo (David Mcnew/AFP)

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Da Redação

Publicado em 17 de fevereiro de 2016 às 12h33.

O ministro do Petróleo do Irã recebeu nesta quarta-feira seus colegas de Iraque, Venezuela e Catar para discutir um futuro congelamento da produção, que já conta com o apoio da Arábia Saudita.

O Irã voltou ao mercado depois da recente suspensão das sanções internacionais impostas pelas grandes potências contra seu programa nuclear e já anunciou sua intenção de aumentar a extração de petróleo.

Na véspera, Arábia Saudita, Rússia, Venezuela e Catar decidiram em Doha congelar sua produção de petróleo para estabilizar os preços, mas o anúncio não teve um grande impacto nos mercados, que esperavam cortes.

A iniciativa, que prevê manter os níveis de produção nos níveis de janeiro, também está condicionada a que os outros grandes produtores se somem a ela.

Os países da Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep) e os que não são membros do cartel (como é o caso da Rússia) decidiram manter contatos intensivos para implementar o acordo, disse Saleh.

O ministro saudita, Ali al-Nuaimi, afirmou que o acordo constituía "o início de um processo que avaliaremos nos próximos meses, para decidir se são necessárias outras medidas para estabilizar o mercado".

O anúncio provocou um leve aumento nas cotações do petróleo, mas não afetou muito as bolsas, que há meses vivem abaladas por incertezas em parte relacionadas à queda do preço do petróleo.

A queda dos preços se deve em boa parte à estratégia da Opep e em particular da Arábia Saudita de inundar o mercado para nocautear os produtores de petróleo e gás de xisto nos Estados Unidos.

Também se explica pela desaceleração da China, que vinha desempenhando um papel de motor da economia mundial.

A pressão sobre os preços se acentuou com o retorno do Irã ao mercado, após o fim das sanções impostas pelos países ocidentais a Teerã por seu programa nuclear.

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