Economia

Rajoy espera que medidas econômicas funcionem a médio prazo

Rajoy afirmou que a Espanha tem atualmente "um rumo" e destacou o projeto do Orçamento Geral do Estado para 2012

Após declarar que os orçamentos são "duros" e "desagradáveis", Rajoy explicou que "a alternativa era infinitamente pior"
 (Javier Soriano/AFP)

Após declarar que os orçamentos são "duros" e "desagradáveis", Rajoy explicou que "a alternativa era infinitamente pior" (Javier Soriano/AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2012 às 12h11.

Antequera - O presidente do Governo da Espanha, Mariano Rajoy, disse nesta quarta-feira esperar que as medidas aplicadas recentemente para combater a crise econômica no país e para reduzir o déficit público tenham efeitos positivos a médio prazo.

Em reunião do Partido Popular na região da Andaluzia, Rajoy afirmou que a Espanha tem atualmente "um rumo", destacou o projeto do Orçamento Geral do Estado para 2012, apresentado ontem ao Parlamento e considerado o mais austero da democracia espanhola.

Após declarar que os orçamentos são "duros" e "desagradáveis", Rajoy explicou que "a alternativa era infinitamente pior".

Ter dívidas e déficit não serve para nada mais que pagar juros, acrescentou Rajoy, que ressaltou que reduzi-los é uma prioridade para seu governo.

Segundo o governante, o corte necessário para reduzir o déficit público poderia ter sido de 18 bilhões de euros a menos neste ano e de 10 bilhões a menos em 2013 se o governo anterior tivesse cumprido seus compromissos com a União Europeia e deixado o déficit público em 6% do PIB, aos invés dos atuais 8,51%.

O Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), que governou a Espanha entre 2004 e dezembro de 2011, anunciou que apresentará uma emenda ao Orçamento Geral do Estado como um todo por considerar que não ajudará a tirar o país da crise por não promover o reativação econômica.

As contas para este ano preveem um ajuste de 27,3 bilhões de euros, com um corte de despesas de 16,9% em metade dos ministérios. A Espanha tem ainda a maior taxa de desemprego da UE, situada em torno de 23% e que no caso de jovens com menos de 25 anos chega a 50%, segundo os últimos dados do escritório de estatísticas Eurostat.

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