Economia

Secretário do Tesouro dos EUA nega que plano para a Argentina seja um 'resgate financeiro'

Declaração ocorre após o governo Trump receber acusações de resgate financeiro para um aliado político, em meio ao momento marcado pelo fechamento do governo federal nos EUA

EFE
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 21 de outubro de 2025 às 17h48.

Última atualização em 21 de outubro de 2025 às 18h09.

Tudo sobreArgentina
Saiba mais

O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, afirmou nesta terça-feira que o plano de ajuda para a Argentina, que inclui um programa de swap (“intercâmbio”) de divisas avaliado inicialmente em cerca de US$ 20 bilhões, não é um resgate financeiro, mas sim um pacote de "estabilização econômica".

Em mensagem na rede social X, Bessent assegurou que o acordo, formalizado na semana passada, "é uma ponte para um futuro econômico melhor para a Argentina, não um resgate financeiro".

As palavras do secretário do Tesouro ocorrem depois que vozes críticas, incluindo os milhões de americanos que participaram no último fim de semana de protestos contra o governo de Donald Trump, acusaram a atual Administração de aprovar o que consideram um resgate financeiro para um aliado político em um momento marcado pelo fechamento do governo federal nos EUA.

Bessent diz que o acordo busca "estabilizar e proteger o hemisfério ocidental" e "uma Argentina forte e estável", algo que segundo ele "é claramente um interesse estratégico para os Estados Unidos".

"Os esforços do presidente Javier Milei para reverter as décadas de declínio de seu país, derivadas do esquerdismo radical do peronismo, são de vital importância", acrescentou o chefe do Tesouro americano, afirmando que Milei "tem trabalhado arduamente para reverter políticas econômicas irresponsáveis anteriores, incluindo o gasto excessivo, a irresponsabilidade fiscal e o endividamento imprudente".

"Não queremos outro Estado falido na América Latina", conclui a mensagem de Bessent, que reafirma que Trump "está liderando o caminho no hemisfério ocidental" e apoiando as reformas do governo Milei "para fazer a Argentina grande novamente".

O acordo de swap de divisas para tentar estabilizar o peso argentino está condicionado, segundo disse Trump na semana passada, a uma vitória do partido de Milei, A Liberdade Avança, nas cruciais eleições legislativas do próximo domingo.

Acompanhe tudo sobre:ArgentinaEstados Unidos (EUA)Donald TrumpJavier Milei

Mais de Economia

Gasolina mais barata? Veja como a redução da Petrobras vai afetar o preço na bomba

Haddad diz que irá fatiar propostas de ajuste fiscal entre controle de gastos aumento de receitas

Haddad diz que governo vai definir propostas para o orçamento nesta terça-feira, 21

Randolfe Rodrigues diz que governo vai insistir na taxação de 'bancos e bets'