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Publicado em 14 de julho de 2025 às 06h01.
O vice-presidente Geraldo Alckmin informou que o Brasil deve regulamentar a lei da reciprocidade tarifária até terça-feira, 15. Além disso, o vice-presidente afirmou que está trabalhando com o setor privado para reverter as tarifas de Donald Trump.
A declaração ocorreu na manhã deste domingo, 13, em São Paulo. Também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comercio e Serviços, Alckmin relatou que também deve recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC).
"A ideia é conversar muito com o setor privado, seja da agricultura, setor de laranja, café, setores agrícolas importantes, carne, industrial, aço", disse.
O ministro ressaltou, ainda, a existência de uma forte integração produtiva entre Brasil e Estados Unidos, sobretudo no setor do aço.
“O Brasil é o terceiro maior comprador do carvão siderúrgico dos Estados Unidos, faz o aço semiplano e vende para os Estados Unidos, que faz o aço plano, faz o motor, faz o automóvel”, afirmou.
Rui Costa, ministro da Casa Civil, também já havia confirmado mais cedo que o governo deve regulamentar, via decreto, a lei da reciprocidade tarifária. De acordo com ele, o objetivo é retaliar os EUA caso o país não volte atrás das taxas de 50% impostas unilateralmente contra produtos brasileiros.
"Não serão só apenas taxas, outras medidas serão adotadas", relatou Costa a jornalistas.
No último domingo, o presidente Lula ironizou as medidas americanas ao oferecer jabuticabas a Trump. Em um vídeo publicado pela primeira-dama, Janja Silva, Lula afirmou duvidar "que alguém que chupe jabuticaba, fique de mau-humor".