(Marcos Santos/Agência USP)
Repórter de Brasil e Economia
Publicado em 31 de julho de 2025 às 09h08.
Última atualização em 31 de julho de 2025 às 09h28.
A taxa de desemprego no trimestre encerrado em junho de 2025 caiu para 5,8%, queda de 1,2ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre de encerrado em fevereiro de 2025 (7%) e queda de 1,1 p.p. ante o trimestre móvel encerrado em junho de 2024, quando a taxa foi de 6,9%.
Essa é a menor taxa já registrada pela pesquisa, iniciada em 2012.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgada nesta quinta-feira, 31, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio abaixo da expectativa do mercado financeiro, que projetava uma taxa de 6%.
Entre abril e junho de 2025, o Brasil registrou 6,3 milhões de pessoas desocupadas. O dado representa um recuo de 17,4%, ou 1,3 milhão de pessoas no trimestre e 15,4% na comparação anual, ou 1,1 milhão de pessoas.
A PNAD mostra ainda que o país tem o recorde de taxa de participação de pessoas na força de trabalho, com 62,4%, e o maior nível de ocupação, 58,8%, além do maior contingente de trabalhadores com carteira assinada no setor privado, que chegou a 39 milhões.
Outro destaque foi a quantidade de desalentados, com quedas, de 13,7% frente ao trimestre encerrado em maio, e de 14,0% ante o mesmo período de 2024.
“O crescimento acentuado da população ocupada no trimestre influenciou vários recordes da série histórica, dentre eles a menor taxa de desocupação”, disse Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios.
O rendimento médio mensal real habitual de todos os trabalhos alcançou R$ 3.477 no trimestre de abril a junho de 2025, um patamar inédito. Houve um crescimento de 1,1% em relação ao período de janeiro a março deste ano e de 3,3% quando comparado ao mesmo trimestre do ano passado.
A massa de rendimento real habitual, que representa a soma das remunerações de todos os trabalhadores, atingiu R$ 351,2 bilhões, também um recorde. Esse valor registrou uma alta de 2,9% no trimestre, o que representa um acréscimo de R$ 9,9 bilhões, e um crescimento de 5,9% no ano, ou R$ 19,7 bilhões a mais.
"O resultado recorde da massa de rendimento é reflexo da significativa expansão da ocupação no trimestre, acompanhada de um aumento no rendimento médio real dos trabalhadores", afirmou Beringuy.