Economia

BC reagirá à volatilidade cambial, diz Tombini

O presidente do BC também afirmou que o governo pretende ancorar as expectativas de inflação


	Alexandre Tombini: "Vamos reagir a qualquer volatilidade nos mercados de câmbio", disse o presidente do BC
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Alexandre Tombini: "Vamos reagir a qualquer volatilidade nos mercados de câmbio", disse o presidente do BC (REUTERS/Ueslei Marcelino)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de fevereiro de 2013 às 17h11.

Nova York - O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse nesta segunda-feira que a autoridade monetária vai reagir à volatilidade nos mercados de câmbio, acrescentando que o governo está trabalhando para ancorar as expectativas de inflação em direção à meta oficial de 4,5 por cento pelo IPCA.

"Vamos reagir a qualquer volatilidade nos mercados de câmbio", disse Tombini em evento em Nova York. O banco vai cortar a volatilidade em excesso, acrescentou.

No ano passado, o dólar subiu quase 10 por cento ante o real e, neste ano, o movimento é inverso, com queda de quase 4 por cento até o fechamento da véspera. Para o mercado, o governo quer deixar o dólar mais fraco para segurar a inflação, que ainda dá sinais robustos.

A meta de inflação do governo é de 4,5 por cento pelo IPCA, com tolerância de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Mas com a alta dos preços em 12 meses pouco abaixo da máxima dessa banda, o BC se esforça para trazer o índice para mais perto do centro da meta.

Nesta segunda-feira, o mercado deu continuidade aos ajustes de suas projeções para este ano ao reduzir a perspectiva de inflação e dólar e elevar a de expansão da economia, mantendo a estimativa da Selic em 7,25 por cento neste ano, de acordo com a pesquisa Focus do Banco Central.

"Agora nós temos de ancorar novamente as expectativas de inflação", afirmou Tombini.

Acompanhe tudo sobre:PersonalidadesCâmbioMercado financeiroInflaçãoBanco CentralEconomistasAlexandre Tombini

Mais de Economia

Lula assina MP que cria incentivos para instalação de data centers no Brasil

Brasil tem segundo maior juro real do mundo com manutenção de Selic a 15%; veja ranking global

Câmara aprova nova tarifa social de energia: veja como funciona e quem tem direito aos descontos

Banco Central mantém taxa de juros em 15% ao ano em decisão unânime