Economia

Economia crescerá mais em 2013 do que neste ano, diz Tombini

A recuperação da atividade econômica, que registrou crescimento de 2,7% em 2011, está mais lenta do o governo esperava

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, observa durante uma cerimônia no Palácio do Planalto em Brasília (Ueslei Marcelino/Reuters)

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, observa durante uma cerimônia no Palácio do Planalto em Brasília (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 21 de maio de 2012 às 15h36.

São Paulo - A economia brasileira deverá crescer mais em 2013 do que neste ano, afirmou nesta segunda-feira o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.

"A economia brasileira vai continuar seguindo uma trajetória de crescimento", afirmou Tombini em evento em São Paulo.

A recuperação da atividade econômica, que registrou crescimento de 2,7 por cento no ano passado, está mais lenta do o governo esperava. Diante também das fortes incertezas internacionais, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, tem evitado fazer uma previsão para 2012, apesar de oficialmente o governo mirar em 4,5 por cento.

As turbulências na zona do euro têm contribuído para uma valorização mais acelerada do dólar. O presidente do BC disse que o repasse da alta da moeda norte-americana para a inflação tem diminuído ao longo do tempo. A avaliação é de que esse repasse, até esse momento, é moderado.

Segundo ele, o cenário internacional tem viés de neutro para desinflacionário ao Brasil. "Nós não vemos nenhum ajuste importante em função do cenário internacional, que tem viés neutro a desinflacionário para o Brasil", completou Tombini.

Até então, o BC vinha sublinhando que o contexto de crise internacional contribuía para segurar os preços, o que para a taxa básica de juros significa menos pressão para continuidade do processo de redução da Selic.

"Houve um agravamento do cenário econômico internacional. Ninguém tem bola de cristal para saber o que vai acontecer, mas estamos mais fortes do que estávamos em 2008. Temos que avaliar a evolução da economia nos próximos dias", completou Tombini.

Apesar de ter alterado a linguagem sobre o efeito internacional na inflação, Tombini afirmou que os preços continuarão convergindo nos próximos meses para o centro da meta do governo, de 4,5 por cento.

Tombini disse ainda que a atividade econômica vai se acelerar ao longo deste ano, destacando que o Brasil tem depósitos de compulsórios em nível adequado no momento. Para ele, os compulsórios são uma linha de defesa para tratar de questões de liquidez.

O governo tem preparado uma série de medidas para dar fôlego ao crescimento econômico que devem ser anunciadas nesta segunda-feira.

As ações estão focadas na concessão de crédito para estimular a venda de automóveis, além da ampliação do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), do BNDES, e redução de encargos para a indústria.

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