Economia

Troika diz que ainda não há acordo com o Chipre

Segundo a troika, as negociações com país vão continuar


	O presidente do Chipre, Demetris Christofias: ele acredita que o acordo poderia ser fechado nesta sexta (Frederick Florin/AFP)

O presidente do Chipre, Demetris Christofias: ele acredita que o acordo poderia ser fechado nesta sexta (Frederick Florin/AFP)

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Da Redação

Publicado em 23 de novembro de 2012 às 12h33.

Bruxelas - A troika formada pela Comissão Europeia, o Banco Central Europeu (BCE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou nesta sexta-feira "progressos" nas negociações com o Chipre para um programa de resgate, mas assegurou que o acordo ainda não foi fechado.

As instituições assinalaram em comunicado que a missão enviada ao Chipre teve "discussões produtivas com as autoridades cipriotas" e que agora os contatos continuarão com vistas a "conseguir mais avanços para um potencial programa de ajuda".

Essas conversas se centraram, segundo a troika, em fórmulas para "reforçar as finanças públicas, restaurar a saúde do setor financeiro e reforçar a competitividade".

A imprensa cipriota adiantou na quinta-feira um acordo entre as instituições internacionais e o Governo de Nicósia para um resgate avaliado em 17,5 bilhões de euros, pacto que não foi confirmado por nenhuma das partes.

O presidente cipriota, Dimitris Christofias, assegurou em Bruxelas que o acordo ainda não estava pronto, mas acredita que poderia ser fechado nesta sexta.

A troika, no entanto, fixa a possível solução para "as próximas semanas", quando serão conhecidos os resultados preliminares de uma análise das entidades bancárias que permitirão encontrar "soluções de financiamento consistentes com a sustentabilidade da dívida".

A priori, espera-se que uma grande parte do apoio econômico internacional se dedique ao saneamento do setor financeiro cipriota, muito exposto à crise grega.

Segundo as informações sobre o suposto acordo divulgadas pela imprensa cipriota, essa quantidade poderia chegar a 10 bilhões de euros, mais da metade do empréstimo que o país poderia receber. 

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