Economia

Stiglitz, um nobel cético sobre os EUA

Crescimento americano? Só em 2015, diz Stiglitz

O economista americano Joseph Stiglitz (Chris Hondros/Getty Images)

O economista americano Joseph Stiglitz (Chris Hondros/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 19 de junho de 2012 às 14h23.

São Paulo - O avanço de 7,2% no produto interno bruto (PIB) americano no terceiro trimestre não é um sinal suficiente de que os Estados Unidos estão caminhando para uma recuperação sustentável. "São dados preliminares", diz Joseph Stiglitz, ex-economista-chefe do Banco Mundial. "Ainda é muito cedo para dizer que esse movimento é duradouro."

Para ele, os excessos de financiamento do final da década de 90 ainda vão comprometer os balanços dos bancos por muito tempo. "Só vamos ver um crescimento contínuo daqui a dez ou 12 anos." Stiglitz está lançando nos próximos dias no Brasil o seu livro Os Exuberantes Anos 90, pela Companhia das Letras.

Para ele, a economia americana tem uma séria fragilidade, que é depender pesadamente de financiamento externo para rolar seus gastos. "Tomamos 1,5 bilhão de dólares emprestados no exterior todos os dias", diz. "Nosso desempenho ficará comprometido no instante em que nossos credores desconfiarem de nossa capacidade de pagamento."

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