Economia

Vendas no varejo do Brasil saltam 1,2% em junho, diz IBGE

Setor fechou o segundo trimestre de 2017 com alta de 2,5 por cento sobre igual período de 2016, melhor trimestre em 3 anos

Varejo: expectativa em pesquisa da Reuters era de alta de 0,40 por cento na comparação mensal e de avanço de 1,90 por cento sobre um ano antes (Adriano Machado/Bloomberg)

Varejo: expectativa em pesquisa da Reuters era de alta de 0,40 por cento na comparação mensal e de avanço de 1,90 por cento sobre um ano antes (Adriano Machado/Bloomberg)

R

Reuters

Publicado em 15 de agosto de 2017 às 09h20.

Última atualização em 15 de agosto de 2017 às 09h55.

São Paulo - O varejo brasileiro mostrou forte alta em junho, acima do esperado e influenciada sobretudo pelo avanço das vendas de bens duráveis, marcando o terceiro mês seguido de alta em meio a queda dos juros e inflação baixa.

As vendas no varejo subiram 1,2 por cento em junho sobre o mês anterior e 3 por cento na comparação com o mesmo período de 2016, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira.

Com isso, o setor fechou o segundo trimestre de 2017 com alta de 2,5 por cento sobre igual período de 2016, melhor trimestre em 3 anos.

O resultado veio muito acima das estimativas dos analistas consultados pela Reuters, de alta de 0,40 por cento na comparação com maio e 1,90 por cento na anual.

"Foi o crescimento mais consistente desde 2014, porque não se via desde então 3 meses seguidos de alta na margem", afirmou a coordenadora da pesquisa, Isabella Nunes. "A queda nos juros está beneficiando a venda de bens duráveis", acrescentou ela.

Desde outubro passado o Banco Central vem reduzindo a taxa básica de juros, atualmente em 9,25 por cento, e já sinalizou que vai continuar com o movimento de queda. Juros mais baixos barateiam o crédito, ajudando a estimular o consumo num momento em que a inflação está baixa.

Segundo o IBGE, seis dos oito principais segmentos cresceram em junho, na comparação mensal, com destaque para Móveis e eletrodomésticos (+2,2 por cento); Tecidos, vestuário e calçados (+5,4 por cento); e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (+2,7 por cento).

O varejo ampliado, que inclui veículos e material de construção, teve forte alta nas vendas de 2,5 por cento em junho sobre maio, segundo o IBGE.

"Houve melhoras no varejo, isso é evidente, mas ainda assim está 8,2 por cento abaixo do pico histórico de novembro de 2014", ressaltou a coordenadora do IBGE. "Há muito que recuperar ainda e isso está associado a queda de juros, inflação e outros fatores econômicos", acrescentou.

Acompanhe tudo sobre:ComércioVarejoeconomia-brasileiraVendas

Mais de Economia

Câmara dos Deputados aprova PEC que proíbe extinção de tribunais de contas

Aneel recomenda ao governo renovar concessão da Light no Rio por 30 anos

SP gera quase 500 mil vagas de emprego nos primeiros 9 meses de 2025