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Nos últimos anos, o branqueamento dos corais tem chamado a atenção (Reinhard Dirscherl\ullstein bild/Getty Images)
Repórter de ESG
Publicado em 21 de setembro de 2025 às 08h00.
Praticamente todos os corais do Oceano Atlântico podem parar de crescer e sucumbir à erosão até o final do século se as temperaturas globais continuarem subindo, aponta um novo estudo publicado na revista Nature.
A análise de mais de 400 recifes de coral existentes em todo o Atlântico estima que mais de 70% da espécie na região começará a morrer até 2040, mesmo sob cenários otimistas de aquecimento climático.
Se o planeta exceder 2 °C de aquecimento acima das temperaturas pré-industriais até o final do século, 99% dos corais da região enfrentariam esse destino. Atualmente, o planeta já aqueceu cerca de 1,3 °C em relação às temperaturas pré-industriais.
COP30: acesse o canal do WhatsApp da EXAME sobre a Conferência do Clima do ONU e saiba das novidades!O impacto é catastrófico. Os corais representam as fundações dos ecossistemas recifais, abrigando diversas espécies marinhas. Funcionam também como uma quebra para as ondas, protegendo o litoral contra tempestades e marés altas.
Dados da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos mostram que um quarto da vida marinha global habita esses ambientes, beneficiando diretamente mais de 1 bilhão de pessoas.
A pesquisa avaliou que as mudanças climáticas ocorrem numa velocidade que impede qualquer adaptação evolutiva dos corais.
O Caribe tem sofrido intensamente com temperaturas extremas e surtos patológicos agravados pelo calor excessivo. As medições indicam que 60% das formações da Flórida e 40% das mexicanas praticamente interromperam seu crescimento natural.
Segundo a pesquisa, o mundo caminha para o ponto de não retorno quanto ao aquecimento que coloca em risco a população de corais.
Nos últimos anos, o branqueamento dos corais tem chamado a atenção. Isso acontece pela alta na temperatura das águas, que expele algas microscópicas inseridas em seus tecidos. Isso enfraquece os organismos e acelera a sua morte. O ano passado contou com o quarto episódio global de branqueamento devido a recordes térmicos oceânicos.
Por que o Tietê segue em risco mesmo após R$ 22 bilhões em investimentos na despoluiçãoOs pesquisadores acreditam que esforços para recuperar os recifes podem ajudar a reduzir os impa00octos da subida do mar, mas será difícil ter sucesso em grande escala enquanto o planeta continuar esquentando.
Mesmo com foco na restauração, há muitos obstáculos. Os corais crescem devagar e um recife pode levar centenas de anos para ficar grande o suficiente para proteger a costa.