ESG

Patrocínio:

espro_fa64bd
Afya Cinza
Copasa Cinza
Danone Cinza
Ypê cinza

Parceiro institucional:

logo_pacto-global_100x50

As cidades com o melhor transporte público, segundo guia de Berkeley

Helsinque, Amsterdã e Estocolmo foram apontadas como os locais com melhor mobilidade, de acordo com o Fórum Oliver Wyman e a Universidade de Berkeley, da Califórnia

Transporte público: Helsinque é apontada como local com melhor mobilidade dentre mais de 60 cidades (Ismail Duru/Anadolu/Getty Images)

Transporte público: Helsinque é apontada como local com melhor mobilidade dentre mais de 60 cidades (Ismail Duru/Anadolu/Getty Images)

Fernanda Bastos
Fernanda Bastos

Repórter de ESG

Publicado em 5 de janeiro de 2024 às 07h00.

Última atualização em 5 de janeiro de 2024 às 12h35.

Helsinque, Amsterdã e Estocolmo permanecem como as cidades com melhores mobilidade, é o que diz o quinto índice Urban Mobility Readiness Index do Fórum Oliver Wyman em parceria com a Universidade de Berkeley, da Califórnia. Já Londres e Tóquio caíram algumas posições como principais cidades em mobilidade entre 2020 e 2023. Nesta edição, o Índice apresenta 65 cidades referência em mobilidade, além de trazer recomendações para melhorar o transporte público e a mobilidade sustentável. 

De acordo com o estudo, soluções de mobilidade simples, acessíveis financeiramente e eficientes podem auxiliar as cidades a enfrentar desafios econômicos e climáticos. Cidades que oferecem mobilidade financeiramente acessível e eficiente, com itens como ciclovias e trens, podem estar mais preparadas para lidar com as ondas de calor. Outra estratégia tem sido a redução de taxas para compras de veículos elétricos

As cidades que lideram esta edição do Índice são as que optaram por investir em infraestrutura e eficiência de sistemas em vez de soluções mais inovadoras ainda em desenvolvimento, como carros autônomos, por exemplo. 

As cidades com melhores pontuações em mobilidade

Helsinque, a capital finlandesa, é a primeira colocada no Índice. A cidade tem zonas sem carros, investimentos em infraestrutura para o carregamento de veículos elétricos e boa estrutura para ciclistas – além de uma rede de transportes públicos em expansão, com projetos elétricos. Uma das estratégias é aumentar a oferta do transporte público e oferecer um bilhete relativamente acessível de cerca de três dólares.  

Outra cidade de destaque é Hong Kong que, segundo o estudo, continua a ser modelo de transporte público. “Pelo segundo ano consecutivo, a cidade lidera o Subíndice de Transporte Público graças à sua eficiência, preço acessível e acessibilidade, o que permitiu que o sistema de transporte público da cidade representasse impressionantes 71% de toda a distância percorrida em Hong Kong. E as autoridades municipais reforçam ainda mais o sistema de trânsito que, em 2023, começaram a trabalhar numa nova estação que ajudaria a ligar as partes oriental e ocidental dos Novos Territórios”, afirma o documento. 

A consistência em desenvolvimento de transportes

De acordo com o levantamento, uma das chaves para o desenvolvimento de transportes é o investimento constante. “Mesmo as cidades classificadas na metade inferior do Índice podem dar passos em frente na modernização dos seus sistemas de mobilidade com investimento contínuo nos aspectos essenciais, é o exemplo de Jeddah e Bangkok, que subiram no ranking nos últimos dois anos graças a esforços determinados para aumentar o número de passageiros do transporte público com tarifas acessíveis”, diz o relatório. 

Porém, o prognóstico não é positivo para todas as cidades. Cingapura, Zurique e Los Angeles, por exemplo, foram ultrapassadas por outras cidades no ranking. Segundo o estudo, este é o caso de continuar encontrando formas de inovar, como investir no mercado de veículos elétricos e fomentar a utilização do transporte público. 

Para 45% dos consumidores, a acessibilidade e disponibilidade são fatores importantes que direcionam as decisões de mobilidade. Por esse motivo, oferecer uma rede de transporte público fácil de usar é um investimento inteligente para as cidades que querem aumentar o número de passageiros do transporte público e fazer crescer suas economias. Segundo a coalizão C40, para cada US$ 1 bilhão investido em transporte público, há um retorno cinco vezes maior, com a criação de 50 mil empregos. 

A mobilidade e a inflação 

“As elevadas taxas de inflação, em combinação com dificuldades na cadeia de abastecimento, pressionaram as famílias em todo o mundo e atrasaram a produção de veículos eléctricos e autocarros, o que pode atrasar os planos municipais de utilização de veículos eléctricos e resultar em custos mais elevados”, afirma o documento. 

Mesmo com um cenário pouco animador, o estudo demonstra entusiasmo pela indústria da mobilidade, muito puxada pela evolução chinesa e o mercado para produzir veículos elétricos, enquanto os EUA produzem semicondutores onshore. 

Quer começar a sua jornada rumo a uma carreira com propósito e ótimos salários? Então clique aqui e participe do workshop exclusivo!

Menos passageiros

Quando se discute mobilidade, o número de passageiros ainda retomou o patamar de níveis pré-pandemia – o que cria um abismo entre o que está sendo investido em infraestrutura e o retorno financeiro do setor. Segundo a Associação Americana de Transporte Público (do inglês, American Public Transit Association), 71% das maiores agências de trânsito vão enfrentar um “abismo fiscal” nos próximos cinco anos. 

Pensando nisso, Berlim e Munique aderiram ao Deutschland Ticket da Alemanha, que permite aos passageiros usarem todos os transportes públicos locais por cerca de 52 dólares/mês. Seul, na Coreia do Sul, planeja lançar um passe coletivo que permita a utilização de todas as linhas de metrô, ônibus e compartilhamento de bicicletas em 2024. 

A mobilidade sustentável

“Como a mobilidade pode ser verdadeiramente sustentável se for alimentada por petróleo e gás ou pela geração de energia com elevado teor de carbono?”, é um questionamento levantado pelo estudo. Para o índice, muitas das principais cidades no Subíndice de Mobilidade Sustentável precisam de esforços concentrados para procurar alternativas mais ecológicas. Amsterdã, Berlim, Munique e Oslo foram indicadas como cidades bastante comprometidas com a energia limpa, por usarem energia de fontes renováveis

“A vitalidade urbana depende de redes de mobilidade financeiramente acessíveis, convenientes e sustentáveis. À medida que as pressões globais colocam em causa os meios de subsistência e o clima, as cidades devem garantir a sua viabilidade como locais para viver e trabalhar no futuro”, diz o documento. 

Acompanhe tudo sobre:Mobilidademobilidade-urbanaSetor de transporteTransporte públicoCidades

Mais de ESG

Einstein lança programa para formar jovens lideranças climáticas em Paraisópolis

Mudanças climáticas afetam mais da metade dos estudantes em escolas brasileiras, revela estudo

Mundo economiza R$ 2,6 trilhões com energias renováveis e Brasil é quarto maior mercado

Índia avança em energias limpas com 22 GW em 2025, mas carvão segue como favorito