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BASF investe R$ 41 milhões em caldeira elétrica e antecipa meta de redução de emissões em 4 anos

Equipamento será instalado em Guaratinguetá (SP) e deve reduzir em 60% as emissões de gases de efeito estufa da unidade

Antes de optar pela caldeira elétrica, a empresa avaliou outras alternativas, como bombas de calor e hidrogênio verde (BASF/Divulgação)

Antes de optar pela caldeira elétrica, a empresa avaliou outras alternativas, como bombas de calor e hidrogênio verde (BASF/Divulgação)

Letícia Ozório
Letícia Ozório

Repórter de ESG

Publicado em 6 de outubro de 2025 às 18h45.

Última atualização em 6 de outubro de 2025 às 18h58.

A companhia química BASF anunciou um investimento de R$ 41 milhões em seu complexo industrial de Guaratinguetá, no interior paulista. Os recursos serão destinados à instalação de uma caldeira elétrica que substituirá o uso de combustíveis fósseis na geração de vapor para as operações da companhia.

A nova tecnologia permitirá à BASF antecipar em quatro anos sua meta de reduzir em 25% as emissões de gases de efeito estufa em toda a América do Sul, tomando como base os índices de 2018. A caldeira, que deve entrar em operação até o terceiro trimestre de 2026, será responsável por 60% de todo o vapor necessário no funcionamento da unidade — e deve reduzir as emissões na mesma proporção.

O complexo de Guaratinguetá é estratégico para a BASF. Formado por 13 unidades produtivas, o site gera mais de 1,5 mil soluções para setores como agronegócio, biocombustíveis, automotivo, além de tintas, adesivos, resinas e detergentes. "Cerca de 77% dos negócios da companhia na América do Sul passam por aqui", afirma Santiago Ricco, gerente sênior de energias, utilidades e operações ambientais da BASF.

Por concentrar boa parte das operações regionais, a mudança de uma caldeira a gás natural para uma elétrica terá impacto significativo no balanço de emissões de toda a operação sul-americana.

Primeira operação 100% renovável no mundo

"A operação da BASF no continente é a primeira no mundo a operar 100% com energias renováveis, o que é uma prioridade para nós", destaca Ricco. A companhia também mantém quatro centros de pesquisa voltados para o desenvolvimento de tecnologias focadas na redução de emissões.

Antes de optar pela caldeira elétrica, a empresa avaliou outras alternativas, como bombas de calor e hidrogênio verde. "A caldeira elétrica possibilitava o melhor resultado com menores recursos", explica o executivo.

Rumo ao net zero

A BASF estruturou seu plano global de sustentabilidade em 2018 com a meta de atingir zero emissões líquidas até 2050 nos escopos 1, 2 e 3. Até 2030, o objetivo — que será alcançado antecipadamente em 2026 com a caldeira — é reduzir 25% das emissões.

Em 1984, a Basf criou uma ação para atender a lei ambiental, e descobriu uma estratégia de negócios

"Queremos viabilizar a transformação verde não apenas de nossos clientes, mas também de todo o mercado", afirma Daniel Marcon, vice-presidente de operações da BASF para a América do Sul. "Para isso, seguimos diminuindo cada vez mais a pegada de carbono de nossos produtos."

Eficiência energética

Ricco ressalta que o foco em eficiência energética faz parte da cultura da companhia. "Criamos um programa interno de excelência em eficiência energética que já implementou mais de 250 iniciativas, com uma redução de consumo de energia de 28% desde 2017."

Somente em 2024, a iniciativa evitou a emissão de 15 mil toneladas de CO₂. A meta global da BASF é chegar a 60% de uso de energia elétrica de fontes renováveis até 2030.

A planta de Guaratinguetá ainda mantém programas voltados para a economia circular. Desde 2020, foram implementadas 55 iniciativas para reduzir o descarte de resíduos. "A ideia sempre é fazer mais com menos. Buscamos criar programas que dão orgulho e resultados positivos na sustentabilidade e no lado financeiro", conclui Ricco.

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