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BlackRock: ESG responderá por 37% dos ativos de grandes gestores até 2025

Maior gestora do mundo faz pesquisa com 425 investidores em 27 países e conclui que mudanças estruturais estão em curso no mercado

As já notórias cartas de Larry Fink, CEO global da gestora, defendendo o capitalismo de stakeholder moldaram uma geração de investidores (Bloomberg / Colaborador/Getty Images)

As já notórias cartas de Larry Fink, CEO global da gestora, defendendo o capitalismo de stakeholder moldaram uma geração de investidores (Bloomberg / Colaborador/Getty Images)

RC

Rodrigo Caetano

Publicado em 3 de dezembro de 2020 às 10h56.

Última atualização em 3 de dezembro de 2020 às 11h28.

Nada, nem mesmo a pandemia, será capaz de parar o tsunami ESG que tomou conta do mercado financeiro nos últimos 12 meses. A conclusão é de uma pesquisa realizada pela BlackRock, maior gestora do mundo, com mais de 8 trilhões de dólares em ativos. O levantamento ouviu 425 investidores, de 27 países, que administram um total de 25 trilhões de dólares.

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Mais da metade dos participantes (54%) considera que os investimentos sustentáveis são fundamentais para os resultados. Esses investidores planejam dobrar a participação dos ativos ESG em suas carteiras, o que elevará o porcentual total de 18% para 37%, em cinco anos. Apenas 3% dos participantes consideram atrasar a implementação da mudança em função da pandemia.

Na Europa, a participação dos ativos ESG na carteira será ainda maior: 47%. O velho continente é o mais adiantado nessa transição para o investimento sustentável. Mais de 80% dos investidores europeus declaram que o ESG já se tornou, ou deverá se tornar, essencial para as suas estratégias de investimento. Na Ásia, o porcentual é de 57% e nas Américas, 47%.

A maioria dos investidores se apoia no Acordo de Paris e nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU para construir suas estratégias. Entre os fatores ESG, o meio ambiente aparece como a prioridade para 88% dos entrevistados. Um número grande de investidores também manifestou interesse em alocar recursos em outras classes de ativos, além de ações, como renda fixa sustentável e ativos alternativos.

Para a BlackRock, as respostas mostram que a indexação deverá representar um importante papel no futuro, particularmente na Europa, com crescente foco em indexação na renda fixa.

As cartas de Larry Fink

A BlackRock tem sido uma das grandes influências nessa onda ESG. As já notórias cartas de Larry Fink, CEO global da gestora, defendendo o capitalismo de stakeholder moldaram uma geração de investidores. “A cada carta, o Larry adiciona alguma coisa nova”, afirma Carlos Takahashi, presidente da companhia no Brasil, que participou do segundo episódio do podcast ESG de A a Z.

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De fato, Fink foi introduzindo o tema aos poucos, mas com grande eficiência. Hoje, a ideia de que as empresas existem para dar retorno a todas as partes interessadas (stakeholder), e não apenas ao acionista, é amplamente disseminada no mercado. E, a cada ano, a BlackRock traz mais uma novidade. Em 2020, por exemplo, ela anunciou o desinvestimento em alguns setores intensivos em carbono, como o carvão térmico.

O que falta para essa agenda dominar de vez o mercado são padrões. Takahashi comenta a corrida para desenvolver um conjunto de métricas universais, que permita aos investidores, grandes ou pequenos, utilizar o ESG como padrão de análise de empresas.

Acompanhe tudo sobre:acordo-de-parisBlackRockDesenvolvimento econômico

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