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BNDES lança edital de R$ 10 milhões para restauração florestal em terras indígenas no MT, TO e MA

Chamada do programa Floresta Viva vai atender 61 terras indígenas com recursos não reembolsáveis

Ao longo dos 13 editais, Floresta Viva já destinou mais de R$ 358 milhões para a restauração da Amazônia (Leandro Fonseca /Exame)

Ao longo dos 13 editais, Floresta Viva já destinou mais de R$ 358 milhões para a restauração da Amazônia (Leandro Fonseca /Exame)

Letícia Ozório
Letícia Ozório

Repórter de ESG

Publicado em 13 de outubro de 2025 às 06h59.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou na última sexta-feira, 10, mais uma chamada de projetos da iniciativa Floresta Viva para restauração florestal em 61 Terras Indígenas nos estados de Mato Grosso, Tocantins e Maranhão. O edital destina até R$ 10 milhões em recursos não reembolsáveis, fruto de parceria entre o BNDES, Fundação Bunge e Agrícola Alvorada.

A implantação dos projetos vai contribuir para o Arco da Restauração, iniciativa do BNDES e do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) que visa recuperar áreas degradadas na Amazônia para criar um cinturão verde de proteção.

As terras indígenas foram escolhidas para potencializar os esforços do governo federal de prevenir e combater incêndios, em sinergia com estratégias de manejo integrado do fogo e recuperação de áreas degradadas. Os três estados concentram cerca de 50% do efetivo nacional das brigadas indígenas de prevenção e combate a incêndios florestais.

Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, afirmou que o Banco tem usado diversos instrumentos para apoiar a conservação e restauro dos biomas brasileiros, alinhado à atuação do governo federal no combate e mitigação das mudanças climáticas. "Este edital do Floresta Viva é mais um deles, apoiando projetos que recuperam áreas degradadas em uma zona de transição entre a Amazônia e o Cerrado, que é crucial para a regulação hídrica e para a estabilidade do clima na região", disse.

Agricultura familiar e sistemas agroflorestais

Para a Fundação Bunge, a parceria complementa suas ações de recuperação ambiental e geração de renda para povos indígenas, fortalecendo projetos de economia de baixo carbono.

Rossano de Angelis Jr., country manager da Bunge no Brasil, destaca que a parceria reforça o compromisso da empresa com uma agricultura mais sustentável. "Ao unirmos esforços, ampliamos o impacto das nossas ações voltadas à restauração e à adoção de práticas regenerativas no campo. Por meio do projeto Semêa, que faz parte do nosso programa de Agricultura Regenerativa, incluímos não somente os grandes produtores, mas também pequenos agricultores e povos tradicionais nas boas práticas por uma economia de baixo carbono", conta.

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Dos R$ 10 milhões aportados na chamada, R$ 971 mil serão destinados à gestão, por meio do parceiro Fundo Brasileiro para a Biodiversidade, e R$ 149 mil para certificação de carbono. O BNDES é responsável por 50% dos recursos (R$ 5 milhões), a Fundação Bunge por 40% (R$ 4 milhões) e a Agrícola Alvorada por 10% (R$ 1 milhão).

Ao longo dos 13 editais, foram mobilizados R$ 358 milhões, além dos mais de 80 projetos aprovados ou em vias de aprovação. Esses recursos vão viabilizar a restauração de mais de 10 mil hectares de áreas degradadas em biomas brasileiros.

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