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China intensifica obras de usinas solares e eólicas em meio à pressão global por redução das emissões de carbono (Feng Li/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 9 de julho de 2025 às 09h16.
A China está acelerando a construção de instalações de energias renováveis, com 1,5 vezes mais fontes eólicas e solares neste ano em comparação com 2024, segundo um estudo.
O país asiático é o maior emissor de gases que provocam o efeito estufa, com mais que o dobro das emissões do segundo colocado, Estados Unidos. Mas, ao mesmo tempo, é um líder global em energia renovável, com um aumento de capacidade mais rápido do que qualquer outro país.
Somente neste ano, o país tem 510 gigawatts de instalações solares e eólicas em construção, 57% a mais do que no ano passado, segundo o Global Energy Monitor (GEM), com sede nos Estados Unidos.
Pequim anunciou planos para construir projetos de 1,3 terawatts, quase o equivalente à sua capacidade instalada atual de energia solar e eólica, que é de 1,4 terawatts.
A China agora responde por 75% de todas as instalações solares e eólicas em construção no mundo, segundo o relatório do GEM.
O estudo foi divulgado depois que outro grupo de pesquisadores afirmou, em maio, que as emissões chinesas caíram no primeiro trimestre de 2025, apesar da crescente demanda energética, graças ao aumento nas fontes renováveis e nucleares.
A China deseja virar líder mundial na luta contra as mudanças climáticas, enquanto os Estados Unidos se retiram da cooperação nesta área durante o governo do presidente Donald Trump.
Pequim se comprometeu com uma redução de 65% em sua intensidade de carbono (a taxa de emissões de carbono em relação ao PIB) até 2030, na comparação com os níveis de 2005.
Contudo, o país também continua investindo fortemente em infraestruturas energéticas a carvão, embora analistas indiquem que grande parte será utilizada como suporte para as fontes renováveis.
Em 2004, a China começou a construir 94,5 gigawatts de projetos a carvão, equivalente a 93% do total mundial, segundo um relatório de fevereiro do GEM e do Centro para a Pesquisa em Energia e Ar Puro.