ESG

Patrocínio:

espro_fa64bd

Parceiro institucional:

logo_pacto-global_100x50

Em Barcarena, parceria transforma caroço de açaí em energia limpa para abastecer indústria

Trabalho entre Artemyn e ComBio reduz impacto ambiental e gera novas oportunidades econômicas no Pará

Parceria já reaproveitou mais de 153 mil toneladas de caroço de açaí (Matheus Carvalho/ABERJE/Divulgação)

Parceria já reaproveitou mais de 153 mil toneladas de caroço de açaí (Matheus Carvalho/ABERJE/Divulgação)

Letícia Ozório
Letícia Ozório

Repórter de ESG

Publicado em 18 de setembro de 2025 às 07h00.

Em Barcarena, no Pará, um projeto inovador está transformando o que antes era um problema ambiental em uma solução sustentável para a indústria.

Desde 2015, a mineradora Artemyn e a ComBio, empresa especializada em fornecer energia térmica renovável a partir de biomassa, estão aproveitando o caroço do açaí — um dos maiores resíduos da cadeia produtiva da fruta — para gerar energia limpa.

Esse esforço já resultou no reaproveitamento de mais de 153 mil toneladas de caroço de açaí, evitando a emissão de aproximadamente 265 mil toneladas de CO₂, o que equivale a uma redução significativa no impacto ambiental da indústria local.

COP30: acesse o canal do WhatsApp da EXAME sobre a Conferência do Clima do ONU e saiba das novidades!

Anteriormente, o descarte irregular do caroço de açaí era um problema grave em Barcarena, com resíduos sendo despejados em áreas de preservação e aterros clandestinos, agravando a degradação ambiental.

Agora, o caroço da fruta tem um novo destino: gerar energia renovável para a planta industrial de beneficiamento de caulim da Artemyn. Esse modelo de economia circular não só resolve um problema ambiental, mas também movimenta a economia local, gerando novas fontes de renda para catadores, transportadores e pequenas empresas que se envolvem na coleta e logística do resíduo.

Como funciona o projeto?

A biomassa do caroço de açaí já substitui cerca de 40% da matriz térmica da empresa, o que representa uma economia de 1.000 toneladas de combustível fóssil por mês. Esse processo reduz significativamente os custos operacionais da Artemyn, além de diminuir sua dependência de fontes de energia poluentes.

Para a Artemyn, a parceria com a ComBio é mais do que uma solução ambiental: faz parte da estratégia de sustentabilidade e a transição energética da região. O projeto se alinha com as diretrizes globais de descarbonização, ao mesmo tempo em que se torna uma fonte de inspiração para outras empresas da região amazônica.

A ComBio, por sua vez, mantém um rigoroso processo de controle sobre os fornecedores de biomassa, garantindo que as boas práticas de sustentabilidade, segurança e responsabilidade social sejam cumpridas em toda a cadeia de produção.

Acompanhe tudo sobre:EnergiaEnergia renovávelEletricidade

Mais de ESG

Agenda ESG avança, mas marcas falham em demonstrar compromisso real, diz pesquisa do Google

Especialistas em NY: Brasil deve liderar revolução dos sistemas alimentares mundiais

Descarbonização gera lucros: 80% das empresas globais já colhem benefícios financeiros, revela BCG

Primeiro projeto brasileiro de créditos de carbono da reciclagem pode movimentar R$ 2,8 bi por ano