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Learning for Life: programa de capacitação e empregabilidade da Diageo preparou 260 talentos em Belém para a COP30 (DIAGEO/Divulgação)
EXAME Solutions
Publicado em 19 de novembro de 2025 às 17h27.
A presença das empresas na agenda climática nunca foi tão determinante. Em um cenário em que crises ambientais e desigualdades avançam simultaneamente, são as organizações com visão sistêmica – capazes de integrar impacto ambiental, transformação social e desenvolvimento econômico – que começam a definir novos caminhos de futuro.
É com essa postura que a Diageo, gigante global de bebidas e dona de marcas como Johnnie Walker, Tanqueray, Smirnoff e Ypióca, chegou à COP30. Mais do que apresentar compromissos e projetos, a companhia levou a Belém uma mensagem clara: sustentabilidade é um movimento coletivo. “E a Diageo quer ser essa força de convergência, que une indústria, governo e comunidades em torno de um mesmo objetivo”, afirma Paula Lindenberg, presidente da Diageo Brasil.
Essa visão integra a estratégia Espírito do Progresso, o planejamento global ESG da empresa. Estruturado em três pilares – sustentabilidade ambiental do grão ao copo, consumo responsável e diversidade e inclusão –, o plano traduz a convicção de que progresso só existe quando todos avançam juntos. No Brasil, essa abordagem ganha forma em iniciativas que se tornaram referência dentro e fora do setor.
Espírito do Progresso: segundo Paula Lindenberg, sustentabilidade não é um programa paralelo na Diageo, é a forma como a empresa opera todos os dias (DIAGEO/Divulgação)
No pilar ambiental, a fábrica da Ypióca, no Ceará, desponta como exemplo global de produção sustentável em escala industrial, com operação movida a 100% de energia renovável, reúso total da água e lixo zero. “Mais do que tecnologia, o que faz da Ypióca um modelo é a forma como conecta sustentabilidade, comunidade e propósito”, diz Lindenberg. “É a prova de que sustentabilidade não é custo — é investimento em futuro, reputação e legado.”
O compromisso com o consumo responsável de álcool também ganhou força ao longo dos anos, com programas como Na Real, que já impactou mais de 1,5 milhão de adolescentes sobre os perigos do consumo precoce de álcool, e a plataforma DrinkIQ, que educa jovens, educadores e consumidores para escolhas mais conscientes. A estratégia ESG se complementa com o foco em diversidade e inclusão, questões tratadas pela companhia como motor de inovação: times diversos tomam decisões melhores e constroem negócios mais resilientes.
Por trás de toda essa agenda, porém, há um elemento que atravessa todos os pilares: o desenvolvimento das pessoas. E é aqui que o programa de capacitação Learning for Life se destaca como símbolo do legado social da empresa. Nascido no Brasil e hoje global, o programa já formou milhares de profissionais no país e, em uma edição especial em Belém para a COP30, mudou as perspectivas de centenas de talentos locais.
É com essa bagagem, feita de metas robustas e impacto humano tangível, que a Diageo participa da Conferência do Clima – e inspira outras empresas. Na entrevista a seguir, Paula Lindenberg aprofunda como o Espírito do Progresso orienta a estratégia da companhia e por que um futuro sustentável passa, necessariamente, pelas pessoas.
A Diageo tem uma longa trajetória de investimentos em sustentabilidade e impacto social no Brasil. Como você definiria o papel da empresa no contexto atual, em que propósito e resultado caminham lado a lado?
“Na Diageo, propósito e resultado sempre andaram de mãos dadas. Para nós, sustentabilidade não é um programa paralelo, é a forma como operamos todos os dias. Isso se traduz em metas concretas – de eficiência hídrica, neutralidade de carbono e gestão regenerativa dos recursos – e em um compromisso humano: gerar impacto positivo onde estamos. A COP30 é um marco importante para reforçar que sustentabilidade não é uma agenda de uma empresa só. É um movimento coletivo. E a Diageo quer ser essa força de convergência, que une indústria, governo e comunidades em torno de um mesmo objetivo: regenerar os recursos, gerar oportunidades e promover um crescimento que seja bom para todos.”
A fábrica de Ypióca, no Ceará, é considerada um modelo global de sustentabilidade industrial. Que aprendizados dessa operação podem inspirar outras empresas brasileiras na transição para uma economia de baixo carbono?
“Ypióca é um dos nossos maiores orgulhos, uma marca com 175 anos de história, símbolo cultural do Brasil. Investimos R$ 250 milhões na construção da fábrica de Itaitinga (CE), com diversas práticas sustentáveis. Entre elas, o uso de 100% de energia renovável, a devolução de mais água à natureza do que consumimos e uma política de lixo zero. Mais do que tecnologia, o que faz de Ypióca um modelo é a forma como conecta sustentabilidade, comunidade e propósito. O Projeto Águas, criado em parceria com o Instituto Sisar e a startup Água de Camelo, já leva água potável para mais de 4 mil pessoas em comunidades rurais do Ceará e devolve 26 mil m³ de água por ano à mesma bacia hidrográfica de onde captamos. Além do impacto ambiental, o projeto transforma a vida das pessoas, gerando saúde, dignidade e oportunidades locais. Ypióca é, para nós, a prova de que sustentabilidade não é custo – é investimento em futuro, reputação e legado. E é essa história que queremos mostrar na COP30: a de uma operação brasileira que se tornou referência global em como crescer respeitando a natureza e as pessoas.”
Fábrica da Ypióca, no Ceará: exemplo global de produção sustentável em escala industrial (DIAGEO/Divulgação)
A América Latina é um território estratégico para a Diageo. Como a subsidiária brasileira contribui para transformar os compromissos globais da companhia em soluções locais?
“A América Latina é o motor da transição sustentável da Diageo. Aqui, a sustentabilidade acontece na prática. No Brasil, ela se expressa em projetos como Ypióca 100% sustentável, o Learning for Life, o Glass is Good e o Projeto Águas. No México, o Charco Bendito mostra o mesmo princípio: devolver à natureza mais do que se consome. Somos uma região criativa e resiliente, que acredita que fazer o certo é bom para as pessoas, para o planeta e para o negócio. O Brasil é um exemplo vivo de que metas globais só ganham força quando viram soluções locais.”
O Learning for Life, que nasceu aqui e hoje é global, tem formado milhares de pessoas e ampliado a empregabilidade no setor de hospitalidade. Que tipo de transformação social vocês observam entre os participantes?
“O Learning for Life é um dos programas que melhor traduz o que acreditamos na Diageo: que sustentabilidade e negócio caminham juntos. Ele nasceu no Brasil e hoje está presente em mais de 30 países, formando mais de 34 mil pessoas por aqui – quase metade delas mulheres. Mas o que mais nos inspira são as histórias por trás desses números: pessoas que tiveram sua primeira oportunidade de trabalho, que abriram seus próprios bares, que hoje sustentam suas famílias e transformam as comunidades onde vivem. O programa não forma apenas bartenders – forma embaixadores da hospitalidade brasileira, que levam para o mundo a nossa criatividade, acolhimento e talento.”
O que o programa representa hoje para o mercado de hospitalidade?
“Na prática, o Learning for Life representa o que chamamos de transição justa: gerar renda, capacitar pessoas e fortalecer comunidades enquanto impulsionamos um setor mais sustentável. Ele é uma ponte entre a indústria, a educação e o desenvolvimento local – regenerando o ecossistema da hospitalidade, que é vital para a economia criativa e para o turismo sustentável. Costumo dizer que é um verdadeiro Triple Win: quando investimos em capacitação, ganham as pessoas, ganha o negócio e ganha a sociedade. Esse é o círculo virtuoso que queremos ampliar – porque o progresso só é real quando todos avançam juntos. O nosso compromisso é seguir formando uma nova geração de profissionais que enxergam a hospitalidade como espaço de carreira, cultura e impacto. Esse é o legado que queremos deixar na COP30 e para o Brasil: um setor mais diverso, consciente e preparado para o futuro.”
L4L edição Belém: formatura de uma das turmas na capital paraense se deu em parceria com Sebrae, Abrasel e o projeto Amazônia Sour (DIAGEO/Divulgação)
A edição recente do Learning for Life em Belém reforça o papel da empresa no fortalecimento do setor. Como a Diageo enxerga sua contribuição para a agenda de desenvolvimento sustentável da região amazônica e para o legado da conferência?
“Ter uma edição do Learning for Life em Belém, às vésperas da COP30, foi simbólico. Em parceria com o Sebrae, a Abrasel e o Amazônia Sour, formamos mais de 260 profissionais da região, preparados para o mercado e orgulhosos de representar sua cultura e seus ingredientes. Durante a COP, esses bartenders estão à frente de eventos e experiências que conectam hospitalidade, sustentabilidade e cultura – uma forma concreta de mostrar o que acreditamos: que o desenvolvimento local é o verdadeiro legado. E há um elo entre o social e o ambiental. Desde 2010, o Glass is Good já reciclou mais de 350 mil toneladas de vidro, combatendo a falsificação e fortalecendo uma cadeia circular. A COP30 é o momento de mostrar como ações locais – reciclagem, capacitação e regeneração – podem inspirar transformações globais.”

O setor de coquetelaria é um importante motor econômico, mas enfrenta desafios como a informalidade e a baixa formação técnica. Como iniciativas da Diageo têm ajudado a transformar esse ecossistema?
“A coquetelaria é onde as nossas marcas ganham vida e onde o consumidor tem sua primeira experiência com o nosso universo. Por isso, investimos em capacitação com o objetivo de preparar profissionais em diferentes níveis da jornada. Temos como base o Learning for Life, que oferece formação gratuita para quem deseja entrar no mercado de hospitalidade. Em seguida, temos o Diageo Bar Academy, que atua na profissionalização contínua, com cursos e treinamentos técnicos e que, só em 2024, alcançou 25 mil participantes. E tudo isso se concretiza no World Class, campeonato que celebra a excelência, conectando bartenders brasileiros ao cenário global da coquetelaria. Cada bartender formado é um multiplicador de conhecimento e um agente de transformação social.”
Diversidade e inclusão são pilares da estratégia Espírito do Progresso. Que avanços a empresa tem conquistado nesse âmbito?
“Acredito que a Diageo só vai continuar crescendo se, dentro de casa, refletirmos a sociedade que queremos servir. Ter um time diverso é essencial para isso. Pessoas diferentes trazem perspectivas diferentes, e isso amplia a nossa visão, enriquece as discussões e nos leva a decisões melhores. É por isso que diversidade não é apenas o certo a fazer; é também uma estratégia de crescimento e inovação. Hoje, 55% dos cargos de liderança na Diageo Brasil são ocupados por mulheres. Ainda temos desafios na representatividade racial e, buscando mudar isso, somos parte do MOVER, movimento do qual faço parte do conselho e que atua pela empregabilidade e desenvolvimento de pessoas negras. Temos também programas afirmativos como o Origens, voltado para talentos negros e indígenas, e o Journey, um programa de jovens aprendizes exclusivo para pessoas trans na nossa fábrica de Ypióca.”
A Diageo também lidera programas de educação para o consumo responsável de álcool, como o Na Real e o DrinkIQ. Qual a importância dessas iniciativas?
“Temos observado um movimento claro no comportamento do consumidor: as pessoas vêm bebendo de forma mais consciente, buscando qualidade, propósito e experiências. Nos últimos anos, o consumo de bebidas alcoólicas cresceu, mas com uma mudança importante: menor frequência, menor volume e maior valorização do que se consome. Isso mostra que a moderação está virando um valor social, e esse é exatamente o caminho que a Diageo defende há mais de 20 anos. Trabalhamos para inspirar esse consumo responsável em todas as frentes. Temos programas educativos como o Na Real, que já alcançou mais de 1,5 milhão de alunos, levando teatro e informação para escolas públicas, promovendo reflexões sobre a importância do não consumo de álcool por menores de idade; e o DrinkIQ, nossa plataforma global de conscientização, que ensina sobre o conceito de unidade de álcool e os impactos do consumo indevido. Essas iniciativas têm um objetivo simples: transformar informação em escolha.”
Você acredita que as empresas do setor estão prontas para liderar um novo modelo de desenvolvimento sustentável? Que papel a Diageo pretende desempenhar nesse movimento?
“Acredito que as empresas do nosso setor têm o dever de liderar uma nova era de crescimento sustentável – e a Diageo quer estar na linha de frente dessa transformação. O Espírito do Progresso é uma agenda que conecta ambição global a impacto local. No Brasil, isso se traduz em metas mensuráveis de carbono e água, programas sociais estruturantes e marcas que inspiram comportamentos positivos. Quando usamos o poder das nossas marcas para promover diversidade, regenerar recursos e incentivar o consumo responsável, ajudamos a mover a sociedade para a frente. Nosso olhar é de longo prazo: trabalhamos não só pelo próximo ano, mas pelos próximos 50 ou 100 anos, construindo uma Diageo que siga crescendo com propósito, responsabilidade e impacto positivo.”