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Ministério do Meio Ambiente e BNDES querem acelerar mercado de carbono

Ministro Joaquim Leite e o presidente do banco de desenvolvimento, Gustavo Montezano, defenderam a ideia em painel no CEO Conference

O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, vai anunciar o projeto amanhã, em cerimônia que ocorrerá no Palácio do Planalto dentro de um programa maior, o da Estratégia Nacional de Redução de Emissões de Metano, em parceria com o Ministério de Minas e Energia (MME).
 (Isac Nóbrega/PR/Flickr)

O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, vai anunciar o projeto amanhã, em cerimônia que ocorrerá no Palácio do Planalto dentro de um programa maior, o da Estratégia Nacional de Redução de Emissões de Metano, em parceria com o Ministério de Minas e Energia (MME). (Isac Nóbrega/PR/Flickr)

Marina Filippe

Marina Filippe

Publicado em 22 de fevereiro de 2022 às 17h46.

Última atualização em 22 de fevereiro de 2022 às 17h47.

Após o esperado consenso no mercado de carbono global a partir da COP26, a Conferência do Clima, ocorrida em Glasgow na Escócia, o Brasil está desenvolvendo critérios para registrar o carbono no país e exportá-lo, segundo o Ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite.

Nesta terça-feira, 22, durante o CEO Conference, evento do BTG Pactual, Leite relembrou como a negociação foi importante, mas como também é preciso urgência nas ações. "Fizemos reuniões com o setor privado para montar o mercado nacional de carbono, algo que já acontece em outras partes do mundo de forma voluntária. E, para avançar, nas últimas duas semanas transferimos o tema para a Economia", afirma.

Segundo ele, outro ponto relevante é a transição para a economia verde, que prioriza energias renováveis, produção de baixa emissão e projetos específicos de redução de gases metano. Na COP, o Brasil e outros 100 países assinaram um pacto para reduzir as emissões do gás metano em 30% até 2030. 

"O Brasil vai acelerar o mercado de carbono baseado em metano e até criar um crédito baseado em metano, pois é preciso incentivo para transformar o que hoje não é bom em uma oportunidade para todos", disse Leite.

Leite participou de uma mesa, mediada por Mariana Oiticica, sócia do BTG Pactual, que contou com a presença de Gustavo Montezano, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e Ricardo Botelho, CEO da Energisa.

Montezano disse que o banco poderá ser um alocador no mercado de capital de carbono. "Estamos de olho em empresas maduras no tema e queremos colocar investimentos neste mercado. A política pública já está feita, agora é hora de o setor produtivo entender que mudanças climáticas é negócio".

Ainda em relação ao metano, Botelho, da Energisa, relembrou como há oportunidades de uso de biogás produzidos por aterros, rejeitos do agronegócio e mais. "O biogás não aproveitado poderia gerar 40% da necessidade energética adicional que o Brasil terá até 2030", diz.

O executivo também reforçou a urgência das ações. "O potencial ambiental é nossa maior vantagem na economia. É ele que irá nos impulsionar no resto do século, mas para isso precisamos de ações inteligentes públicas e privadas".

Por fim, Leite lembrou do marco legal de resíduos sólidos assinado em janeiro, que poderá criar crédito e geração de valor para a reciclagem do vidro e plástico, materiais que hoje só tem 24% de reuso.

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