ESG

Patrocínio:

espro_fa64bd

Parceiro institucional:

logo_pacto-global_100x50

Projeto na Amazônia beneficia 16 mil pessoas com energia limpa e bioeconomia

Desenvolvido pela Fundação Toyota do Brasil, Escola Floresta Ativa capacita mulheres em transição energética e amplia produção de mel e andiroba em 318 comunidades de Santarém (PA)

Comunidades amazônicas também ganham capacitações para fortalecer a economia local (Divulgação)

Comunidades amazônicas também ganham capacitações para fortalecer a economia local (Divulgação)

Sofia Schuck
Sofia Schuck

Repórter de ESG

Publicado em 21 de setembro de 2025 às 16h00.

Última atualização em 21 de setembro de 2025 às 19h59.

Com Belém do Pará se preparando para sediar a COP30, um novo projeto fortalece o protagonismo de comunidades amazônicas no debate global sobre clima e justiça climática.

Desenvolvido pela Fundação Toyota do Brasil em parceria com o Projeto Saúde e Alegria (PSA), o Escola Floresta Ativa completou um ano e comemora os frutos: impactou mais de 16 mil pessoas em 318 comunidades tradicionais da região de Santarém (PA) por meio do fortalecimento da sociobiodiversidade, inclusão digital e acesso à energia renovável. 

Segundo a fundação, se trata do seu maior investimento já realizado em qualificação profissional na Amazônia.

"Estamos construindo caminhos para que essas populações participem ativamente das decisões sobre o futuro da floresta e do planeta", destacou Roberto Braun, presidente da Fundação Toyota do Brasil.

Em bioeconomia, a produção de sementes de andiroba teve aumento de 150%, fazendo a receita dos produtores saltarem de R$ 38 mil para R$ 95 mil. No caso do mel, a evolução foi ainda mais expressiva, com a produção passando de 230 para 1.000 unidades e receita quatro vezes maior.

Mulheres protagonistas da transição energética

Uma das frentes da iniciativa é a capacitação. Na primeira fase, formou mulheres no mercado de energia solar. O curso "Eletricistas do Sol" capacita moradoras das comunidades para instalar e fazer manutenção dos painéis solares, garantindo autonomia técnica e reduzindo a dependência de outros profissionais.

Conforme a Toyota, a estratégia surgiu após a constatação de que nas oficinas mistas, com predominância masculina, elas tinham menos espaço. A partir dessa percepção, foram criadas turmas exclusivamente femininas, proporcionando um ambiente mais acolhedor para o aprendizado.

Com a formação, houve um aumento de 60% na instalação de sistemas de energia solar coletiva -- o que beneficiou 7,5 mil pessoas e reduziu em 90% o uso de diesel poluente.

Além do impacto ambiental, a ação representa economia significativa e maior independência energética para as localidades remotas na Amazônia. 

Turismo comunitário e inclusão digital

A iniciativa também aposta no desenvolvimento do turismo de base comunitária como alternativa para geração de renda local. Na comunidade Vista Alegre, localizada na Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns, pousadas e restaurantes registraram aumento de 84% no faturamento entre 2024 e 2025.

Em paralelo, há ações de reflorestamento e capacitação para atuação em diferentes frentes, desde o manejo de viveiros até a gestão hoteleira.

Outro braço é o de inclusão digital: 61 localidades ganharam acesso à internet e mais de 6 mil pessoas ganharam conectividade. A organização destaca que fortalece a gestão comunitária e amplia as possibilidades de comercialização dos produtos locais.

A segunda fase do projeto será lançada ainda em 2025, com novos cursos voltados à bioeconomia e colocando as comunidades tradicionais no centro das soluções ambientais, disse a fundação.

Acompanhe tudo sobre:ESGSustentabilidadeClimaMudanças climáticasImpacto socialAmazôniaEnergia renovável

Mais de ESG

99% dos corais do Atlântico podem morrer até 2100 com aquecimento global, diz estudo

Nem herói, nem vilão: o papel do Brasil na COP30

Dia Mundial da Limpeza: mutirão retira mais de 300 quilos de lixo da Praia do Flamengo

Enel investe R$ 3,45 milhões em eficiência energética no Ministério Público de SP