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Sem jogar no MorumBIS, São Paulo pode faturar R$ 120 milhões com shows

Diretoria do clube se pronuncia após time precisar jogar fora de casa entre o final desde ano e o começo de 2026

MorumBIS: entenda como funciona contrato como a Live Nation (Mondelēz Brasil/Divulgação)

MorumBIS: entenda como funciona contrato como a Live Nation (Mondelēz Brasil/Divulgação)

Maria Eduarda Lameza
Maria Eduarda Lameza

Estagiária de jornalismo

Publicado em 12 de novembro de 2025 às 20h08.

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O São Paulo não utilizará o MorumBIS como sua casa nas últimas rodadas do Campeonato Brasileiro. A decisão é consequência da reserva de várias datas para shows de grandes nomes no local.

Há apresentações marcadas para este mês, como os shows de Dua Lipa, Linkin Park e Oasis, o que obrigou o clube a transferir ao menos quatro partidas para a Vila Belmiro, em Santos.

No início de 2026, a situação deve se repetir. O estádio já conta com shows da AC/DC (nos dias 24 e 28 de fevereiro e 4 de março) e do The Weeknd (30 de abril e 1º de maio), o que pode entrar em rota de colisão com rodadas do Campeonato Paulista e da Copa Libertadores da América - caso o clube se classifique.

Impacto econômico

Em 2023, o São Paulo Futebol Clube (SPFC) fechou um acordo com a promotora de shows Live Nation para a realização de shows no MorumBIS. O contrato, avaliado em R$ 60 milhões, prevê a realização de ao menos 36 apresentações até 2031 e que o clube receba os valores conforme cada evento.

Além do valor inicial, o time poderá receber mais R$ 120 milhões se cumprir uma média de seis shows por ano. Esse montante pode ainda pode aumentar. Isso porque, a partir deste ano, o Tricolor também passa a lucrar com bilheteria, alimentos, bebidas e merchandising.

Posicionamento da diretoria

Carlos Belmonte, diretor de futebol do clube, afirmou que o São Paulo pretende manter o MorumBIS como opção para jogos importantes em 2026, sobretudo pré‑Libertadores ou partidas decisivas do Paulistão, mesmo diante do contrato de exclusividade com a promotora de shows.

“Segundo o presidente, há, sim, mudança nesse cenário. Caso o SPFC vá para a Libertadores ou tenha jogos decisivos, teremos o estádio pelo menos liberado parcialmente para ceder os jogos", afirmou o diretor em entrevista à CazéTV

Júlio Casares, presidente do São Paulo, se manifestou publicamente por meio de nota explicando que o calendário de shows foi acordado no primeiro semestre de 2025, com a LiveNation, em datas que à época pareciam de menor impacto para as competições de futebol. No entanto, mudanças no calendário nacional, que estendeu o número de jogos até o fim do ano, afetaram a disponibilidade do estádio. 

Ele reforçou que “o futebol é a nossa razão de existir e nunca será colocado em segundo plano” e que o contrato com a produtora já previa a possibilidade de liberar o estádio caso o time avançasse em competições como a Libertadores.

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