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Exclusivo: Vivo vence concorrência de R$ 3,5 bilhões para instalar hidrômetros da Sabesp

Plano prevê investimento em equipamentos que oferecem dados em tempo real para melhorar a eficiência na gestão de água em São Paulo

Vivo e Sabesp: projeto é faseado e começaria pela capital paulista e por São José dos Campos (Victor Moriyama/Bloomberg/Getty Images)

Vivo e Sabesp: projeto é faseado e começaria pela capital paulista e por São José dos Campos (Victor Moriyama/Bloomberg/Getty Images)

Lucas Amorim
Lucas Amorim

Diretor de redação da Exame

Publicado em 5 de agosto de 2025 às 17h51.

Última atualização em 5 de agosto de 2025 às 18h57.

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A Vivo venceu uma concorrência que nos últimos meses movimentou o mercado de saneamento no Brasil. A Sabesp, companhia de saneamento de São Paulo privatizada em julho de 2024, abriu concorrência para instalar 4 milhões de hidrômetros inteligentes. O investimento total pode chegar a R$ 3,5 bilhões.

O projeto é faseado e neste momento envolve a capital paulista e São José dos Campos. O planejamento, segundo a EXAME apurou, é que no total sejam instalados 10 milhões de hidrômetros, num investimento total de R$ 10 bilhões.

É o maior projeto de medição inteligente em andamento no mercado global de saneamento. Assim como em outros países, esse tipo de concorrência vem atraindo interesse de empresas de telecom, acostumadas a medir e gerir em tempo real uma ampla gama de informações.

Esses novos medidores, com tecnologia ultrassônica, substituirão os hidrômetros tradicionais, mecânicos. Eles dispensam a necessidade de aferição de técnicos e oferecem dados praticamente em tempo real para o sistema. Permitem, assim, atuação rápida em vazamentos e um planejamento de investimento mais certeiro.

Investimentos da Sabesp

No final de julho, a Sabesp divulgou um balanço de um ano da privatização. Desde julho de 2024, a companhia investiu R$ 10,6 bilhões. A meta é investir até R$ 70 bilhões para universalizar o saneamento até 2029.

A empresa hoje é controlada pela Equatorial, que comprou 15% das ações que pertenciam ao governo de São Paulo. Outros 17% das ações foram negociados no mercado.

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