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Editor do Future of Money
Publicado em 6 de maio de 2025 às 16h10.
O mercado de criptomoedas conseguiu terminar o mês de abril apresentando recuperação após semanas difíceis. Puxado pelo bitcoin, o setor voltou a subir, mas o futuro ainda depende da situação da economia dos Estados Unidos, que vai marcar as decisões futuras de investidores e atrair, ou afastar, investimentos para criptomoedas.
Israel Buzaym, country manager da Bybit para o Brasil, afirma que "a persistente inflação global e as expectativas em torno das políticas de taxas de juros dos bancos centrais continuaram a exercer pressão sobre os ativos de risco, incluindo as criptomoedas. Dados econômicos divulgados ao longo do mês influenciaram as expectativas do mercado, gerando momentos de incerteza".
"A discussão e a potencial implementação de novas tarifas comerciais propostas por Donald Trump geraram preocupações sobre o crescimento econômico global e o aumento da inflação. Essa incerteza macroeconômica contribuiu para um sentimento de aversão ao risco, impactando negativamente diversos mercados, incluindo o de criptomoedas", pontua.
Theodoro Fleury, gestor e diretor de investimentos da QR Asset Management, afirma que o bitcoin segue sendo uma criptomoeda que demanda a atenção dos investidores no mês de maio. Ele destaca que a criptomoeda conta com características que podem beneficiá-la mesmo em um cenário de crise.
"O bitcoin é um ativo descentralizado, de livre negociação que em tese não deveria sofrer por conta de tarifas impostas por governos. Ao contrário, episódios como esses deveriam realçar as vantagens do bitcoin enquanto reserva de valor", explica.
Segundo Fleury, "após um movimento de queda por um aumento global de aversão a risco, acreditamos que o bitcoin volte a ter performance significativamente superior aos ativos de risco tradicionais".
Já Israel Buzaym, da Bybit, aponta a Solana como uma criptomoeda que pode voltar a subir ao longo do mês de maio. O ativo acumula queda no ano de 2025, mas tem apresentado um desempenho melhor que o do ether, reforçando seu potencial como uma alternativa ao ativo.
"Historicamente, maio tem apresentado desempenhos positivos para Solana em alguns anos. Seu forte momentum recente e alta em 2024 significativa, juntamente com alta capitalização e volume, a tornam uma das principais altcoins a observar. O crescente ecossistema e a tecnologia de alta velocidade continuam a atrair interesse", diz.
Pedro Gutiérrez, diretor Latam da CoinEx, diz que a FET é uma criptomoeda que chega ao mês de maio com potencial para novas altas. O ativo é resultado da aliança de diversos projetos de inteligência artificial que também explorar a tecnologia cripto.
"O FET rompeu recentemente uma fase de acumulação prolongada e recuperou com sucesso as médias móveis de 50 e 200 dias, sugerindo uma reversão da tendência de médio prazo. No entanto, após atingir uma máxima local perto de US$ 0,73, a ação do preço começou a estagnar", comenta.
Para Gutiérrez, um possível movimento de alta da criptomoeda vai depender de uma capacidade de romper níveis de resistência de preço atual. Entretanto, se o ativo conseguir esse movimento, a tendência é que ele chegue a uma faixa de preço nos US$ 0,8.
Um dos destaques da carteira recomendada para cripto do BTG Pactual em maio é a MakerDAO. João Galhardo e Matheus Parizotto, analistas da Mynt, plataforma cripto do BTG, explicam que o protocolo tem se consolidado no segmento de stablecoins, impulsionado pelo "crescente interesse" nesses ativos.
A MKR, criptomoeda da MakerDAO recém-incluída na carteira recomendada, disparou 14% no mês de abril. Somando o mês de abril com a performance da criptomoeda nos primeiros dias de maio, a alta chega a 20%.
"Já observamos resultados positivos, com MKR superando significativamente o desempenho do Lido desde o início de abril, contribuindo positivamente para os retornos das carteiras", destacam.
Gutiérrez, da CoinEx, aponta que a Sui é uma criptomoeda com potencial para o mês de maio. Após um período de dificuldade para superar um preço acima de US$ 3,6, ele avalia que o ativo chegou nas últimas semanas a um "ponto de inflexão crítico" para o futuro do projeto.
"Manter-se acima de US$ 3,25 estabeleceria uma nova base de suporte e validaria o rompimento, enquanto um rompimento abaixo desse nível poderia abrir um recuo em direção à região de US$ 2,90 a US$ 3,00. Por enquanto, a estrutura de alta permanece intacta, mas os investidores devem ficar atentos à confirmação por meio de consolidação ou um segundo impulso forte", recomenda.
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