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Editora do Future of Money
Publicado em 15 de agosto de 2025 às 17h25.
Última atualização em 15 de agosto de 2025 às 17h35.
Idealizado em 2008 e lançado em 2009, o bitcoin deu início a uma nova classe de ativos no mercado financeiro. Mais de uma década depois, o ativo compete com Nvidia, Microsoft, Apple e Google entre as maiores capitalizações de mercado do mundo e é comparado com o ouro.
Depois de atingir recordes consecutivos de preço em 2025, o bitcoin atrai cada vez mais o interesse de investidores institucionais que, muitas vezes, preferiam se manter em ativos mais tradicionais. Segundo Eric Balchunas, analista sênior de ETFs da Bloomberg Intelligence, o bitcoin possui características únicas de escassez programada que alimentam o seu potencial de valorização.
“Acho que as pessoas comuns precisam se abrir para o que as criptomoedas podem ser. O bitcoin é uma ótima proteção contra a impressão de dinheiro, é uma tecnologia interessante e um ativo psicológico. Tem valor porque as pessoas dizem que tem valor e existem apenas 21 milhões. É escasso. É interessante. Seria como uma pintura de Picasso. Mas é muito mais fácil de adquirir do que uma pintura de Picasso. Você simplesmente compra”, disse ele em entrevista à EXAME.
Para Balchunas, o bitcoin ainda não é o ouro digital, embora outros executivos, como Larry Fink, CEO da BlackRock, já tenham feito afirmações nesse sentido. Segundo o analista sênior de ETFs, o bitcoin pode ser classificado como o “ouro na adolescência”:
“O bitcoin é chamado de ouro digital, mas eu considero que ele seja o ouro quando era adolescente. O ouro tem 4 mil anos, então é como se o ‘ancião’ fosse dormir às 18h, e o bitcoin tem 16 anos, então você está investindo em um garoto de 16 anos, ele tem atitude”, disse Balchunas. Lançado em 2009, o bitcoin possui, de fato, 16 anos de existência.
“O lado bom do aspecto de um jovem de 16 anos, porém, é que há muito mais potencial de valorização porque ele é jovem. Então, entrando agora, se você aguentar a volatilidade, o potencial de valorização é muito maior do que o do ouro”, acrescentou.
A volatilidade do bitcoin e dos criptoativos é um fator que chama a atenção de investidores. Enquanto alguns podem querer aproveitar as mudanças drásticas de preço a seu favor, outros podem preferir ativos mais previsíveis. Apesar disso, o bitcoin foi o ativo que mais valorizou nos últimos anos e, nesse meio tempo, teve sua volatilidade reduzida conforme ganhou as graças do mercado tradicional.
“A volatilidade é, o bitcoin agora é de 38%, o ouro é de 21%. Mas a do bitcoin costumava ser de 65% quando o ETF foi lançado. Então, está se aproximando do ouro”, explicou Balchunas em entrevista à EXAME
Apesar das semelhanças, a maior criptomoeda do mundo ainda possui diferenças cruciais com o ouro. Algumas delas, no entanto, podem representar melhorias, na visão de Eric Balchunas.
Por exemplo, o suprimento do bitcoin é público e imutável, de 21 milhões de unidades das quais mais de 19 milhões já foram mineradas. Por outro lado, o suprimento de ouro no mundo é desconhecido, podendo sofrer alterações e até mesmo aumentado por novidades tecnológicas, como a busca por ouro no fundo de oceanos e fora do planeta Terra.
“O fornecimento de ouro aumenta 2% ou 3% ao ano. E eles podem ser capazes de minerar o fundo do oceano em busca de ouro, ou até mesmo a Lua. Não estamos tão longe disso. Então, existem até essas chances remotas”, explicou Balchunas.
‘Mas não há nada que possa gerar mais bitcoin. E uma vez que você se fixa nisso, você fica animado como investidor. E é isso que está acontecendo. Então, a menos que a demanda caia completamente, se não houver nova oferta e houver uma boa demanda, o preço teria de subir”, acrescentou o analista sênior de ETFs na Bloomberg Intelligence.
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