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Safra: banco lançou stablecoin própria (Bússola/Reprodução)
Editor do Future of Money
Publicado em 22 de setembro de 2025 às 11h15.
O Banco Safra lançou no último sábado, 20, o Safra Dólar, a sua criptomoeda própria pareada ao dólar. O ativo foi desenvolvido em parceria com a empresa Hamsa, que forneceu a tecnologia blockchain necessária para viabilizar a criação do ativo. O projeto tem foco na dolarização de patrimônio.
A nova stablecoin é descrita pelo banco como o "primeiro criptoativo com a solidez do Safra e a força do dólar" e uma "alternativa para a dolarização do seu patrimônio". O ativo será disponibilizado tanto para clientes pessoa físcia quanto jurídica por meio do aplicativo do banco.
Informações divulgadas pelo Safra indicam que a gestão e custódia das unidades da criptomoeda e dos investimentos que garantirão a paridade do ativo com o dólar serão realizadas pelo próprio banco. O investimento não exige uma abertura de conta no exterior.
Apesar das criptomoedas terem uma liquidez que permite operações ágeis, em geral com processamento em poucos minutos, o investimento no Safra Dólar terá uma liquidez do tipo D+1, ou seja, as operações serão concretizadas apenas no dia útil seguinte à ordem do investidor.
Além disso, o Safra estabeleceu um investimento mínimo de R$ 1 mil na stablecoin. Em um documento explicativo do projeto, o banco afirma que o objetivo é "fornecer ao cliente Safra uma alternativa para exposição ao dólar americano aproveitando-se dos benefícios do uso da tecnologia blockchain e da tokenização".
Entre os benefícios citados, estão "rastreabilidade, segurança e previsibilidade para proteção do patrimônio". "Para cada operação de stablecoin Safra Dólar, o Banco Safra realiza o lastro via operações de dólar de curto prazo, com o objetivo de assegurar a paridade e liquidez do ativo", informa.
Com o lançamento, o Safra entra oficialmente no mundo das stablecoins, criptomoedas pareadas a outros ativos. O primeiro banco brasileiro a lançar uma stablecoin própria foi o BTG Pactual, que criou em 2023 o BTG Dol, também pareado ao dólar. Recentemente, o Itaú disse que avalia criar uma stablecoin própria.
O movimento reflete um interesse institucional crescente nessas criptomoedas, em especial pelas vantagens ao serem pareadas ao dólar. O segmento ainda é dominado por duas grandes stablecoins: a USDT, da Tether, e a USDC, da Circle. Os Estados Unidos aprovaram uma regulação específica para esses ativos em julho deste ano.
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