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Bitcoin abre a semana em US$ 107 mil com 'extrema cautela' nos mercados

Especialista aponta a perda de importantes suportes psicológicos e técnicos para a maior criptomoeda do mundo

 (envato/Reprodução)

(envato/Reprodução)

Mariana Maria Silva
Mariana Maria Silva

Editora do Future of Money

Publicado em 3 de novembro de 2025 às 10h28.

Última atualização em 3 de novembro de 2025 às 10h50.

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Nesta segunda-feira, 3, o bitcoin inicia a semana "no vermelho", negociado na casa dos US$ 107 mil. A maior criptomoeda do mundo não teve um outubro favorável, contrariando dados históricos, e inicia novembro ainda em queda. Especialistas apontam tom de "extrema cautela" no mercado, combinando fatores macro e microeconômicos.

No momento, o bitcoin é cotado a US$ 107.649, com queda de 2,5% nas últimas 24 horas, segundo dados do CoinMarketCap. Nos últimos trinta dias, a criptomoeda acumula queda de 12%.

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"O mercado cripto abre a semana em um tom de extrema cautela após o bitcoin perder importantes suportes psicológicos e técnicos. A fraqueza recente é uma combinação de fatores macro e micro. A principal pressão vem da macroeconomia", apontou Guilherme Prado, country manager da Bitget no Brasil.

"Embora o Federal Reserve (Fed) tenha realizado um corte de juros recentemente, as declarações de Powell e o cenário de inflação persistente mantiveram o mercado em alerta. O corte foi visto como insuficiente para aliviar totalmente a crise de liquidez global e a restrição monetária. Investidores estão preferindo ativos de menor risco, drenando capital de ativos voláteis como o cripto. As tensões geopolíticas, particularmente no tocante a novas rodadas de guerras comerciais e tarifas, aumentam o risco percebido, levando a uma correlação de curto prazo mais negativa do bitcoin com o mercado de ações", acrescentou.

"A persistente máxima do ouro reforça a narrativa de que o capital está buscando portos seguros tradicionais em vez de ativos de risco/hedge digital como o BTC, neste momento de incerteza. Embora os ETFs de BTC, ETH e SOL continuem a registrar entradas consistentes, o volume não é suficiente para anular o medo macro. Os investidores institucionais estão comprando as quedas, mas o mercado está em fase de acumulação forçada, não em euforia", explicou o executivo.

"No curto prazo, o bitcoin deve testar o suporte de US$ 105 mil. Uma quebra desse nível aumenta a probabilidade de um teste em US$ 103 mil. No médio prazo, se o suporte de US$ 103 mil se mantiver, o bitcoin pode passar por um período de consolidação lenta antes de tentar subir novamente para US$ 115 mil. O mercado deve permanecer cauteloso nos próximos dias, com a atenção voltada para os dados de emprego dos EUA e qualquer mudança no tom do Fed. A paciência é a chave até que o bitcoin encontre um suporte sólido para acumulação", concluiu.

O que está acontecendo nos mercados?

"Os mercados asiáticos começam a semana em leve alta, sustentados pelo otimismo com IA e por expectativas de crescimento de empresas de tecnologia. No entanto, o dólar insistiu em manter-se forte, reduzindo parte do apetite por risco alternativo. O ambiente de liquidez continua favorável, mas a sinalização de que eventuais cortes de juros pelo Federal Reserve podem estar limitados gera cautela. O ouro se estabilizou e o petróleo teve leve alta em função de menor pressão de oferta", disse André Franco, CEO da Boost Research.

"Já o bitcoin cotado em aproximadamente US$ 108.7 mil possui uma expectativa de curto prazo neutra a levemente positiva. Por um lado, o otimismo com IA e o ambiente de liquidez ainda presente favorecem o bitcoin como ativo de risco/alternativo. Por outro, o fortalecimento do dólar e o abrandamento das expectativas de corte de juros reduzem parte do impulso de alta. Assim, espera se uma oscilação lateral ou com leve ascendência", acrescentou.

"A faixa provável de movimentação fica entre US$ 106 mil e US$ 112 mil, com potencial de rompimento para cima caso surjam dados ou anúncios que reforcem o afrouxamento monetário ou fluxo para cripto; no entanto, se o dólar se fortalecer ou sinais de risco global se intensificarem, há risco de recuo em direção a suportes próximos de US$ 106 mil–104 mil", concluiu.

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