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Bitcoin hoje: criptomoeda despenca para US$ 98 mil com tensões no Oriente Médio

Envolvimento direto dos EUA nos conflitos entre Israel e Irã fortaleceu incerteza e medo nos mercados globais; bitcoin e as principais criptomoedas apresentaram quedas expressivas

 (Reprodução/Reprodução)

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Mariana Maria Silva
Mariana Maria Silva

Repórter do Future of Money

Publicado em 23 de junho de 2025 às 10h49.

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O bitcoin voltou a sentir o peso da recente tensão geopolítica, com os preços recuando fortemente após as declarações oficiais que confirmam o envolvimento direto dos EUA em ações militares na região do Oriente Médio.

A escalada entre Irã e Israel, que já vinha pressionando os mercados globais, ganhou um novo contorno com a mobilização de tropas americanas e o envio de aeronaves para reforço estratégico na região. Com isso, o sentimento de risco se intensificou, provocando vendas generalizadas em ativos voláteis.

Nesta segunda-feira, 23, o bitcoin e as principais criptomoedas iniciam a semana útil no vermelho. O envolvimento dos Estados Unidos nos conflitos entre Israel e Irã elevou o sentimento de incerteza e medo nos mercados globais, impactando também ativos como as criptomoedas.

No momento, o bitcoin é cotado a US$ 102.111, com alta de 1,5% nas últimas 24 horas, de acordo com dados do CoinMarketCap. No final de semana, a maior criptomoeda do mundo chegou a despencar para US$ 98.286. Apesar da recuperação, especialistas apontam que a faixa dos US$ 102 mil pode representar uma resistência importante para o bitcoin:

"Após atingir a máxima diária de US$ 108.952 no dia 16 de junho, o preço do bitcoin iniciou um movimento de baixa, o qual ganhou força nos dias posteriores, fazendo com que a principal criptomoeda do mercado atingisse, no último domingo, 22, a mínima de US$ 98.200. Ou seja, uma queda de quase -10% entre os valores. No momento de escrita, o preço do bitcoin teve um leve repique de alta, voltando a ser cotado a US$ 102.137. Contudo, essa faixa de preço trata-se de uma resistência de curto prazo", disse Ana de Mattos, analista técnica e trader parceira da Ripio.

"Ao analisar o fluxo, é possível observar que ainda há um vácuo de liquidez no preço do ativo, sugerindo então que o preço dê continuidade na queda em busca do suporte dos US$ 94.700. No entanto, se entrar fluxo comprador superando a resistência acima citada, o preço do bitcoin poderá buscar a resistência de médio prazo dos US$ 105.800", acrescentou.

Por que o bitcoin despencou?

“O mercado cripto sofreu forte pressão vendedora ao longo do fim de semana, acompanhando o aumento da aversão a risco provocado pela escalada dos conflitos no Oriente Médio. A tensão geopolítica afetou os preços do petróleo, pressionou expectativas de inflação e levou investidores a reduzir posições em ativos mais voláteis, o que explica a queda generalizada no mercado de ativos digitais", disse João Galhardo, analista de research da Mynt, plataforma cripto do BTG Pactual.

"Apesar do movimento de curto prazo, os fundamentos de adoção permanecem sólidos. Um exemplo emblemático é a entrada em vigor, no último domingo, 22, da lei que cria a Reserva Estratégica de Bitcoin do Texas. A medida sinaliza comprometimento de entes subnacionais com a classe de ativo e reforça que, mesmo em meio a choques externos, o vetor de institucionalização segue avançando — fator que ajuda a sustentar perspectivas construtivas para o mercado no médio prazo", acrescentou Galhardo à EXAME.

O bitcoin vai continuar caindo?

"Além do cenário externo, investidores estão atentos ao vencimento de opções de BTC em 27 de junho, o que tem contribuído para uma maior volatilidade e disputa intensa entre compradores e vendedores. Do ponto de vista técnico, o bitcoin enfrenta forte resistência entre US$ 105 mil e US$ 106 mil. Um rompimento claro e fechamento acima de US$ 105.200 pode abrir caminho para novas altas, mirando os níveis de US$ 106.400 e US$ 108.000. Por outro lado, se a pressão vendedora persistir, o ativo pode testar suportes em US$ 100.000 e até a região de US$ 95.700", disse Guilherme Prado, country manager da Bitget no Brasil.

"Apesar do ambiente desafiador no curto prazo, o fluxo positivo de 10% nos ETFs de bitcoin sinaliza que parte do mercado institucional ainda vê valor no ativo como proteção e oportunidade de longo prazo", acrescentou.

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