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Editor do Future of Money
Publicado em 30 de junho de 2025 às 17h56.
Última atualização em 30 de junho de 2025 às 19h10.
O banco central do Cazaquistão anunciou nesta segunda-feira, 30, que vai criar uma reserva nacional de criptomoedas. O projeto ocorre em meio a discussões crescentes sobre a adoção estatal de ativos digitais, na esteira da criação de uma reserva semelhante nos Estados Unidos.
De acordo com a imprensa local, a reserva ficaria sob responsabilidade de uma das instituições filiadas ao banco central. O projeto está em fase de elaboração para garantir o cumprimento das melhores práticas de gestão de riqueza nacional, incluindo transparência e custódia segura.
A iniciativa foi anunciada pelo presidente do banco central, Timur Suleimenov. Ele não divulgou uma data específica para a finalização da proposta e a sua implementação, mas explicou como a nova reserva deve funcionar na prática. A ideia é aproveitar ativos que o governo já possui.
A reserva será composta por uma combinação de ativos digitais apreendidos de criminosos e criptomoedas que tenham sido mineradas por operações controladas pelo Estado. A estrutura indica que a reserva não será composta apenas pelo bitcoin, mas os ativos específicos não foram revelados.
O Cazaquistão ganhou destaque nos últimos anos pela crescente participação no segmento de mineração de bitcoin. O país conseguiu atrair mineradoras pela oferta de energia barata, além de ter se beneficiado da proibição da atividade na China. Hoje, o país controla 13% de toda a mineração do ativo.
Em 2022, o governo do país chegou a apreender US$ 200 milhões em operações ilegais de mineração de criptomoedas. De lá para cá, o Cazaquistão criou regras para obtenção de licenças obrigatórias para as mineradoras. Não está claro se esses ativos apreendidos estarão na reserva.
A decisão do Cazaquistão ocorre em meio a projeções no mercado que mais países irão criar reservas nacionais de criptomoedas. Até o momento, apenas El Salvador, os Estados Unidos e o Butão contam com reservas de ativos digitais. No caso do Butão, os ativos são controlados por uma empresa de investimentos ligada à família real do país.
Já em El Salvador, a reserva é exclusiva de bitcoin. Os Estados Unidos criaram em 2025 duas reservas: uma específica de bitcoin e uma que reúne outras criptomoedas. Em ambos os casos, as reservas são compostas por ativos apreendidos pelas autoridades do país.
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