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Drex: oportunidades e desafios para as empresas brasileiras

A implantação da nova moeda digital do Banco Central do Brasil traz uma série de desafios e preocupações para as empresas brasileiras

 (Divulgação/Divulgação)

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Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 25 de dezembro de 2024 às 12h00.

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Por Alexandre Tamura e Aline Noleto*

O Drex, também conhecido como "real digital", surge como um marco no sistema financeiro nacional. Embora a perspectiva seja de modernização e inclusão financeira, a implantação da nova moeda digital do Banco Central do Brasil traz uma série de desafios e preocupações para as empresas brasileiras.

A transição para um novo sistema de pagamentos exige adaptações significativas, investimentos consideráveis e uma profunda compreensão das implicações para diferentes setores da economia.

Adoção da moeda digital brasileira no mercado empresarial

A recém-publicada pesquisa “Adoção da Moeda Digital Brasileira no Mercado Empresarial” revelou um panorama detalhado sobre o nível de preparação das empresas para a chegada do Drex.

Com uma amostra representativa de diferentes setores e portes empresariais, o estudo destacou que, embora a maioria reconheça a importância de se preparar para manter a competitividade, poucas estão efetivamente explorando soluções e adaptando seus processos.

Um parâmetro útil para entender os desafios da adoção do Drex pode ser feito com o Pix. Embora sua implementação tenha apresentado baixo custo, com adoção massiva e bem-sucedida, muitas empresas enfrentaram dificuldades na adaptação. O Drex, porém, apresenta uma complexidade tecnológica superior, exigindo um planejamento mais detalhado, investimentos em tecnologia e treinamento para garantir uma transição eficaz.

Riscos e oportunidades

A complexidade do sistema digital também aumenta a vulnerabilidade a ciberataques e o vazamento de informações, se tornando uma preocupação para as empresas. Além disso, a integração com o novo sistema de pagamentos demandará atualizações nos softwares, treinamento dos funcionários e a contratação de profissionais especializados em tecnologia blockchain e segurança cibernética.

Para mitigar esses riscos, é crucial investir em uma infraestrutura de segurança robusta, implementar protocolos de criptografia avançados, garantir a conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e contar com mão de obra qualificada para lidar com as mudanças.

Um outro ponto de atenção das empresas é que a alta velocidade das transações com o Drex, característica semelhante ao Pix, pode impactar no fluxo de caixa e nos processos financeiros das empresas.

Será necessário ter precisão no gerenciamento do capital de giro e otimização na gestão de recebimentos e pagamentos, tornando essencial a adaptação dos sistemas contábeis para o acompanhamento rigoroso do fluxo de caixa, assim como a implementação de sistemas de previsão e controle financeiro para minimizar os riscos.

No que diz respeito a mudanças regulatórias, ainda existem incertezas sobre possíveis novas obrigações legais que possam surgir, gerando preocupações quanto ao aumento dos custos de implantação do Drex. Nesse sentido, é vital que as empresas considerem investimentos adicionais para garantir a conformidade com eventuais exigências futuras.

Conforme exposto, as empresas terão investimentos consideravelmente elevados para a integração do Drex. Atualizações de sistemas, treinamentos, contratação de consultores e medidas de segurança reforçadas contribuem para esse aumento de custos.

O Drex representa uma oportunidade para modernizar o sistema financeiro brasileiro e promover a inclusão financeira. No entanto, a implementação da moeda digital tem desafios e exige um planejamento cuidadoso, investimentos estratégicos e uma compreensão profunda dos desafios tecnológicos, regulatórios e operacionais. Ou seja, é preciso definir um cronograma para esta implementação.

As empresas que se prepararem antecipadamente, investindo em segurança, tecnologia e treinamento, estarão melhores posicionadas para aproveitar os benefícios e minimizar os riscos associados à sua adoção. Ignorar esses desafios pode resultar em perdas de competitividade e até mesmo em prejuízos financeiros.

*Alexandre Tamura e Aline Noleto atuam na área de Data Privacy da Protiviti, empresa especializada em soluções para gestão de riscos, compliance, ESG, auditoria interna, investigação e proteção e privacidade de dados.

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