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Méliuz compra mais R$ 157 milhões em bitcoin e supera reserva do Mercado Livre

Após novo investimento no bitcoin, empresa assume liderança na América Latina com a maior reserva da criptomoeda

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Editor do Future of Money

Publicado em 23 de junho de 2025 às 12h14.

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A Méliuz realizou uma nova aquisição de bitcoin, investindo US$ 28,61 milhões (R$ 157 milhões, na cotação atual) na criptomoeda. Com a compra, a empresa expandiu a sua reserva corporativa da moeda digital e ultrapassou a reserva do Mercado Livre, assumindo a liderança na categoria entre empresas da América Latina.

A compra foi informada pelo presidente da Méliuz, Israel Salmen, em uma publicação no X, antigo Twitter. De acordo com o executivo, foram adquiridas 275,43 unidades da criptomoeda, expandindo a reserva atual da empresa para 595,67 unidades. Anteriormente na liderança, o Mercado Livre conta com 570 unidades do ativo, segundo seus balanços mais recentes.

O montante usado pela empresa para o novo investimento no bitcoin foi adquirido a partir de uma oferta secundária de ações na Bolsa de Valores. Concluída em 13 de junho, a ação superou as expectativas da Méliuz e resultou em R$ 180 milhões reunidos. A operação foi a primeira do tipo realizada por uma companhia com ações na Bolsa para comprar unidades de bitcoin.

Além do anúncio sobre o investimento, Salmen também afirmou no X que a empresa está avaliando atualmente uma possível listagem fora do mercado brasileiro de ações. A estratégia permite que investidores estrangeiros, em especial pessoa física, tenham um acesso facilitado ao papel em caso de interesse para investimento.

Em maio, os acionistas da Méliuz aprovaram em assembleia extraordinária a transformação da empresa em uma "bitcoin treasury company" (empresa de tesouraria de bitcoin, em tradução livre). Na prática, a mudança tornou o bitcoin o principal ativo de reserva da companhia.

Salmen classificou a aprovação como um "dia histórico". Em entrevista à EXAME pouco depois do início das compras da criptomoeda, ele disse que quer gerar uma "onda de adoção institucional" da moeda digital como um ativo de reserva de valor entre empresas brasileiras.

A estratégia adotada pela Méliuz é uma novidade entre empresas com ações na bolsa brasileira, mas segue o exemplo de outras companhias ao redor do mundo. O principal destaque é a Strategy, que foi pioneira nesse movimento e soma atualmente mais de US$ 50 bilhões em reservas da criptomoeda.

Iniciada há mais de quatro anos, a reserva de bitcoin da Strategy teve forte crescimento desde 2024, com a empresa realizando compras semanais do ativo entre novembro e janeiro de 2025. O movimento tem atraído investidores interessados em uma exposição indireta à criptomoeda, com mais empresas aderindo à estratégia nos últimos meses.

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