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Criptomoedas: Chainalysis aponta crescimento do mercado cripto no Brasil (Blackdovfx/Getty Images)
Editor do Future of Money
Publicado em 2 de outubro de 2025 às 15h15.
O mercado de criptomoedas no Brasil cresceu 109,9% e movimentou US$ 318,8 bilhões (R$ 1,7 trilhão, na cotação atual) entre julho de 2024 e julho de2025, de acordo com um relatório divulgado pela empresa Chainalysis nesta quinta-feira, 2. Com isso, o país "domina" o mercado cripto na América Latina.
A Chainalysis ressalta que os dados mais recentes "consolidam" a liderança do Brasil na América Latina. O país com o segundo maior fluxo de criptomoedas, a Argentina, aparece em uma segunda posição distante, registrando US$ 93,3 bilhões movimentados.
A terceira posição é do México, com US$ 71,2 bilhões, seguido pela Venezuela, com US$ 44,6 bilhões, e pela Colômbia, com US$ 44,2 bilhões. Com isso, o Brasil é responsável sozinho por um terço de toda a atividade com cripto na região.
Além disso, a empresa também aponta um "protagonismo internacional" do Brasil no mercado cripto, com a quinta maior adoção global do setor. A combinação do tamanho do setor no país com um crescimento acelerado "estabelece o Brasil como o líder incontestável de cripto na América Latina".
"O avanço brasileiro é amplo e consistente: além do forte desempenho institucional, todas as faixas de valor de transferência cresceram, indicando maturidade do varejo e expansão do uso no dia a dia", ressalta ainda o relatório divulgado pela Chainalysis.
Um dos destaques do mercado de criptomoedas brasileiro são as stablecoins, criptomoedas pareadas a outros ativos, em geral ao dólar. Os dados da empresa indicam que mais de 90% dos fluxos no país estão ligados a essa classe de ativos, em especial para pagamentos e remessas internacionais.
No total, a América Latina somou US$ 1,5 trilhão em criptomoedas movimentadas entre julho de 2022 e junho de 2025. A Chainalysis aponta uma "trajetória volátil, porém ascendente". O recorde em um único mês foi em dezembro de 2024, com US$ 87,7 bilhões movimentados.
Outro ponto destacado é a "predominância" de corretoras centralizadas de criptomoedas. Na América Latina, 64% de todas as operações com cripto passam por essas empresas, ficando atrás apenas da região do Oriente Médio, com 66%, e acima da América do Norte e da Europa.
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