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Mercados emergentes podem perder US$ 1 trilhão para 'dólar digital' até 2028

Banco Standard Chartered acredita que stablecoins pareadas ao dólar vão desviar capital de países emergentes nos próximos anos

Stablecoins: países emergentes devem perder capital para criptomoedas (Reprodução/Reprodução)

Stablecoins: países emergentes devem perder capital para criptomoedas (Reprodução/Reprodução)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Editor do Future of Money

Publicado em 6 de outubro de 2025 às 16h02.

Última atualização em 6 de outubro de 2025 às 16h24.

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A adoção acelerada de stablecoins criptomoedas pareadas ao dólar — ao redor do mundo pode resultar em uma perda de até US$ 1 trilhão de capital em países emergentes até o ano de 2028. É o que afirma o banco Standard Chartered em relatório divulgado nesta segunda-feira, 6.

Segundo o relatório, as perdas impactariam os depósitos bancários nesses países, em um reposicionamento de capital decorrente da facilidade de exposição ao dólar por meio de criptomoedas. A tendência é que moedas locais também sejam prejudicadas pelo movimento.

A avaliação do banco é que Egito, Paquistão, Colômbia, Bangladesh e Sri Lanka liderem as perdas nesse processo. Turquia, China, Índia, Brasil, África do Sul e Quênia também deverão ter perdas significativas, segundo as projeções do Standard Chartered.

As stablecoins contam com reservas que garantem a paridade com diferentes ativos, incluindo o dólar. No caso, 1 unidade da criptomoeda sempre será equivalente a US$ 1. Na prática, o Standard Chartered afirma que esses ativos viraram "contas bancárias em dólar" nos mercados emergentes.

A avaliação do banco é que a alta fatia de população sem acesso a serviços bancários e problemas em torno da desvalorização de moedas locais acabam aproximando investidores das stablecoins. O banco projeta que esse segmento vai valer US$ 2 trilhões até 2028.

Atualmente, dois terços de toda a oferta disponível de stablecoins está nos países emergentes. O principal caso de uso nesses locais é a proteção de patrimônio dos compradores. A expectativa do banco é que, até 2028, US$ 1,22 trilhão em stablecoins cumpram esse papel.

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O resultado seria uma fuga de capital de bancos de mercados emergentes estimado em US$ 1 trilhão. "O crescimento futuro do uso de stablecoins para poupança provavelmente passará de um pequeno número de carteiras com grandes saldos atualmente para um grande número de carteiras com poucos ativos."

"Em termos de escala, pequenos ativos serão uma fatia significativa. Esse crescimento provavelmente ocorrerá principalmente em mercados emergentes, onde a demanda por uma alternativa aos bancos locais que seja líquida, 24 horas por dia, sete dias por semana e confiável é maior", afirma o Standard Chartered.

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