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Bitcoin: criptomoeda vai disparar em outubro? (Reprodução/Reprodução)
Editor do Future of Money
Publicado em 3 de outubro de 2025 às 16h27.
Quem acompanha o mercado de criptomoedas há alguns anos conhece bem o termo "Uptober". A palavra surgiu da combinação de "Up", alta em inglês, e "October", se referindo ao mês de outubro, e resume o que já é uma tradição do setor: o bitcoin costuma operar com forte alta no primeiro mês do último trimestre do ano.
O passado nunca é uma garantia para o presente ou para o futuro, mas os dados mostram que não é ousadia imaginar que o "Uptober" tende a se repetir ao longo das próximas semanas. Apenas nos primeiros três dias do mês, a criptomoeda chegou a disparar e operar próxima do seu último recorde de preço, antes de devolver parte dos ganhos.
João Galhardo, analista da Mynt, a plataforma cripto do BTG Pactual, é categórico. "Os dados históricos dão recado claro: outubro costuma ser um mês positivo para o bitcoin. Em 10 dos últimos 12 anos, o ativo fechou em alta, o que corresponde a uma frequência de 83%, com retorno mediano de 21%".
Ou seja, a criptomoeda não apenas costuma terminar outubro no azul como também pode oferecer retornos interessantes para os investidores. O analista ainda aponta outra tendência importante: "a probabilidade condicional de outubro terminar no verde após um setembro positivo chega a cerca de 90%, um viés estatístico relevante para investidores que acompanham ciclos sazonais".
Atualmente, o bitcoin tem encontrado dificuldades para romper a barreira dos US$ 125 mil e cravar um novo preço recorde. A criptomoeda chega a registrar quedas e altas mais expressivas, mas tende a retornar para um patamar de preço entre os US$ 110 mil e os US$ 120 mil, indicando a dificuldade de passar desse patamar.
Diante desse cenário, a expectativa - e esperança para alguns - é que a tradição do Uptober seja mantida e que o bitcoin tenha mais um mês de outubro com valorização. Galhardo pontua que o "pano de fundo estatístico" sobre o comportamento típico do ativo "dialoga com fatores atuais de mercado".
"Nos Estados Unidos, há expectativa de novas aprovações de ETFs de criptomoedas ainda em outubro, incluindo produtos com potencial de incorporar staking, o que ampliaria a atratividade institucional. Além disso, o fluxo de tesourarias corporativas em direção a ativos digitais começa a se consolidar como uma tendência", diz.
O analista afirma que "também pesa a favor o momento macroeconômico. A continuidade de cortes de juros nos Estados Unidos reaquece o apetite por risco, enquanto a liquidez global dá sinais de recomposição". Por enquanto, o mercado segue acreditando em novos cortes de juros no país ainda em 2025.
"A conjunção de sazonalidade positiva, drivers regulatórios e maior institucionalização dos fluxos tende a criar um ambiente fértil para a continuidade da recuperação do mercado de criptoativos", afirma Galhardo. Ou seja, se as condições atuais se mantiveram, não é ousadia pensar que o mercado contará com mais um Uptober, mantendo sua tradição.
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