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Volume de bitcoin em corretoras atinge o menor nível em cinco anos

Dados mostram que acúmulo da criptomoeda por investidores cresceu nos últimos anos, reduzindo liquidez

Custódia de bitcoin em corretoras tem perdido espaço no mercado (Reprodução/Reprodução)

Custódia de bitcoin em corretoras tem perdido espaço no mercado (Reprodução/Reprodução)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Editor do Future of Money

Publicado em 25 de agosto de 2023 às 12h18.

A quantidade de bitcoins atualmente em custódia de corretoras de criptomoedas atingiu o menor nível desde 17 de dezembro de 2017. Dados da empresa Santiment mostram que apenas 5,8% de unidades do ativo disponíveis no mercado estão em exchanges, o que impacta a liquidez do mercado.

Na prática, uma quantidade baixa em exchanges significa que há pouca liquidez disponível para operações de compra e venda. Em geral, isso faz com que movimentos abruptos de investidores, sejam de compra ou de venda, acabem tendo um impacto maior no mercado e na cotação do ativo.

A queda de bitcoins em corretoras significa que há um crescimento na quantidade do ativo atualmente acumulada por investidores em carteiras digitais próprias, o que pode significa uma aposta em valorizações mais significativas no longo prazo, tirando a necessidade de manter ativos em exchanges para negociações.

Ao mesmo tempo, os dados da Santiment mostram uma queda acentuada na quantidade de bitcoins em corretoras entre outubro e novembro de 2022. Foi no início de novembro que a corretora de criptomoedas FTX, naquele momento a segunda maior do mundo, declarou falência, deixando muitos investidores no prejuízo.

À época, especialistas já apontavam que o caso poderia estimular a chamada autocustódia, quando investidores retiram ativos de exchanges e decidem cuidar do armazenamento das suas criptomoedas adquiridas. A prática, como a custódia por terceiros, possui suas vantagens e riscos.

Incertezas regulatórias

Além disso, o levantamento da Santiment indica uma nova queda significativa entre maio e junho de 2023. Foi nesse período que a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos, a SEC, intensificou suas ações contra empresas do mercado cripto, incluindo corretoras.

Foi o caso da Binance e da Coinbase, atualmente as duas maiores exchanges do mercado. As empresas enfrentam agora processos nos Estados Unidos que criaram uma incerteza em relação a suas operações, o que acaba estimulando investidores a retirar ativos sob custódia.

Além dos problemas nos Estados Unidos, a Binance - que mantém uma fatia de mercado de cerca de 50% - também enfrenta processos judiciais ou investigações em mercados como a França e o Brasil. Recentemente, a exchange também encerrou operações em diversos países europeus, o que pode ter contribuído para a queda de bitcoin em exchanges.

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