Agência
Publicado em 5 de setembro de 2025 às 15h03.
O Banco Central da China (PBoC) realizou, nesta sexta-feira, 5, uma operação de recompra reversa compromissada no valor de RMB 1 trilhão, com prazo de 91 dias.
A operação foi conduzida por meio de um leilão de quantidade fixa e múltiplas taxas de juros, com o objetivo de manter a liquidez do sistema financeiro do país.
Conforme informações da provedora financeira Wind Information, no mesmo dia em que a recompra reversa de RMB 1 trilhão foi realizada, venceu uma operação similar com o mesmo valor e prazo, configurando uma renovação integral da operação.
Em setembro, ainda estão previstas as vencimentos de outras recompras reversas no valor de RMB 300 bilhões, com prazos de seis meses.
De acordo com Wang Qing, economista-chefe da Golden Credit Rating International, setembro é um mês de forte pressão sobre a liquidez no mercado.
Ele destacou que, além da operação de recompra reversa, a emissão de títulos públicos no país continuará elevada. Além disso, os certificados de depósito interbancários com vencimento neste mês somam RMB 3,5 trilhões, o segundo maior volume do ano.
Wang também observou que a recuperação do mercado acionário tem levado à migração de depósitos de residentes, o que reduz a base de captação bancária.
Nesse cenário desafiador, Wang prevê que o Banco Central da China manterá a estratégia de reforçar a rolagem das operações de recompra reversa de três meses, como tem feito nos últimos meses.
O economista também destacou que, em setembro, vencem operações de MLF (Medium-term Lending Facility) no valor de RMB 300 bilhões, e que a expectativa é de que essas operações sejam renovadas com volume ampliado.
De acordo com Wang, a combinação de MLF e operações de recompra reversa será utilizada para injetar liquidez de médio prazo no mercado. Essa abordagem visa estabilizar as expectativas do mercado, sustentar a emissão de títulos públicos e reforçar a continuidade do uso de instrumentos quantitativos na política monetária da China.