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Controladora do aeroporto de Guarulhos avalia recuperação judicial com dívidas acima de R$ 1,5 bi

Em assembleia, a Invepar discutirá a solicitação de recuperação judicial para equilibrar sua situação financeira, diz Folha de S. Paulo

Publicado em 12 de junho de 2025 às 08h40.

Última atualização em 12 de junho de 2025 às 08h41.

A Invepar, empresa responsável pela gestão do aeroporto de Guarulhos, enfrenta uma crise financeira significativa, com dívidas que ultrapassam os R$ 1,5 bilhão.

A companhia se encontra em um momento decisivo e, nesta quinta-feira, 12, discutirá com seus acionistas a possibilidade de solicitar recuperação judicial, segundo informações da Folha de S. Paulo.

A decisão será tomada em uma assembleia geral extraordinária, onde a diretoria busca obter o consentimento dos acionistas para avançar com o pedido, caso não haja uma resolução satisfatória com seus credores.

Medida cautelar e negociações com credores

No mês de maio, a Invepar, junto a outras subsidiárias, solicitou uma medida cautelar à Justiça do Rio de Janeiro, que visava antecipar os efeitos de uma possível recuperação judicial para proteger a empresa.

A medida foi aceita, suspendendo execuções e impedindo a penhora de bens.

No entanto, o prazo para a entrega de um relatório detalhado sobre as operações da companhia está se aproximando, e uma possível recuperação judicial pode ser formalizada caso as negociações não avancem.

Dívidas com fundos e disputas legais complicam a recuperação

Entre as dívidas mais significativas da Invepar estão os mais de R$ 670 milhões em debêntures emitidas em parceria com o fundo Mubadala e os fundos de pensão Previ, Petros e Funcef.

A empresa também enfrenta disputas jurídicas, especialmente com a administração do Rio de Janeiro, que tenta retomar o controle da Linha Amarela, um ativo crucial para a operação financeira da Invepar.

Resultados financeiros e perspectivas para o futuro

A Invepar já enfrentava dificuldades antes da crise atual. Em 2024, a empresa registrou um prejuízo de R$ 40,4 milhões no quarto trimestre, uma queda expressiva em relação ao lucro de R$ 5,2 milhões no mesmo período do ano anterior.

O futuro da empresa dependerá das decisões que serão tomadas nas próximas semanas, incluindo a possível formalização do pedido de recuperação judicial, que pode ser a única alternativa para a sobrevivência financeira do grupo.

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