A Invepar, empresa responsável pela gestão do aeroporto de Guarulhos, enfrenta uma crise financeira significativa, com dívidas que ultrapassam os R$ 1,5 bilhão.
A companhia se encontra em um momento decisivo e, nesta quinta-feira, 12, discutirá com seus acionistas a possibilidade de solicitar recuperação judicial, segundo informações da Folha de S. Paulo.
A decisão será tomada em uma assembleia geral extraordinária, onde a diretoria busca obter o consentimento dos acionistas para avançar com o pedido, caso não haja uma resolução satisfatória com seus credores.
Medida cautelar e negociações com credores
No mês de maio, a Invepar, junto a outras subsidiárias, solicitou uma medida cautelar à Justiça do Rio de Janeiro, que visava antecipar os efeitos de uma possível recuperação judicial para proteger a empresa.
A medida foi aceita, suspendendo execuções e impedindo a penhora de bens.
No entanto, o prazo para a entrega de um relatório detalhado sobre as operações da companhia está se aproximando, e uma possível recuperação judicial pode ser formalizada caso as negociações não avancem.
Dívidas com fundos e disputas legais complicam a recuperação
Entre as dívidas mais significativas da Invepar estão os mais de R$ 670 milhões em debêntures emitidas em parceria com o fundo Mubadala e os fundos de pensão Previ, Petros e Funcef.
A empresa também enfrenta disputas jurídicas, especialmente com a administração do Rio de Janeiro, que tenta retomar o controle da Linha Amarela, um ativo crucial para a operação financeira da Invepar.
Resultados financeiros e perspectivas para o futuro
A Invepar já enfrentava dificuldades antes da crise atual. Em 2024, a empresa registrou um prejuízo de R$ 40,4 milhões no quarto trimestre, uma queda expressiva em relação ao lucro de R$ 5,2 milhões no mesmo período do ano anterior.
O futuro da empresa dependerá das decisões que serão tomadas nas próximas semanas, incluindo a possível formalização do pedido de recuperação judicial, que pode ser a única alternativa para a sobrevivência financeira do grupo.