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Depredação de ônibus em SP: Nunes coloca 200 GCMs para inibir onda de ataques

Mais de 813 veículos foram depredados em todo o estado; somente na capital, são 530 casos

Agência o Globo
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Publicado em 25 de julho de 2025 às 06h49.

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Após críticas do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), à Polícia Civil pela demora na resolução dos casos de depredação de ônibus no estado, a gestão municipal vai colocar agentes da Guarda Civil Metropolitana (GCM) nos coletivos para tentar inibir a onda de violência. Serão 200 guardas circulando a partir dessa sexta-feira, 25. Além das áreas onde ocorreram ataques, como na Zona Sul, eles darão apoio na saída das garagens e ao longo dos trajetos dos ônibus.

— Eu pedi para o vice-prefeito, coronel Mello Araújo, que coordena a nossa Operação Delegada, para que a gente possa colocar alguns policiais dentro dos ônibus. O vice-prefeito está tratando disso com a SPTrans para que, nos próximos dias, isso seja iniciado — havia adiantado Nunes na quarta-feira.

Até terça-feira, mais de 813 veículos haviam sido depredados — somente na capital, foram 530 casos; os demais ocorreram em cidades da Grande São Paulo e da Baixada Santista. Vinte e duas pessoas foram presas por envolvimento nas depredações.

Depoimento do preso

Na terça-feira, a Polícia Civil prendeu um homem de 68 anos que confessou ser responsável por ao menos 17 ataques na Grande São Paulo. Identificado como Edson Aparecido Campolongo, ele afirmou que realizou os ataques porque é uma pessoa que “quer consertar o Brasil”.

Apesar da declaração, os delegados acreditam que Campolongo possa ter sido arregimentado por outras pessoas para praticar os crimes. A Polícia Civil vai investigar, nos próximos dias, outros possíveis envolvidos.

— Não levamos tão a sério o que ele falou. Alguma cortina tem por trás disso — disse Osvaldo Nico, secretário executivo de Segurança Pública.

Campolongo negou ter ligação com alguma corrente política específica. A investigação ainda não encontrou conexões com sindicatos, apontados como uma possível explicação para os ataques.

Em entrevista à GloboNews no dia 14 de julho, Nunes criticou publicamente a Polícia Civil pela demora na resolução do caso.

— Está demorando [a elucidação da onda de ataques], eu reconheço. Reconheço. Até faço aqui uma crítica à Polícia Civil. Porque, quando a gente tem que elogiar, tem que elogiar, mas também, quando tem que criticar, tem que criticar. Está demorando, mas a certeza que a gente tem é que a Polícia Civil vai chegar a uma conclusão, identificar quem são essas pessoas e aplicar a punição — disse.

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