Sam Altman e Satya Nadella: CEOs da OpenAI e Microsoft estão em confronto sobre o futuro da Inteligência Artificial Geral (Justin Sullivan/Getty Images)
Repórter
Publicado em 26 de junho de 2025 às 06h44.
A parceria entre a OpenAI e a Microsoft, uma das mais notáveis da história da tecnologia, agora enfrenta uma tensão crescente sobre o conceito de Inteligência Artificial Geral (AGI, na sigla em inglês). De acordo com o Wall Street Journal, a OpenAI pretende limitar o acesso da Microsoft às suas tecnologias futuras caso alcance o estágio de AGI, marco que representa a evolução das máquinas para um nível de inteligência semelhante ao humano, segundo especialistas.
Sam Altman, CEO da OpenAI, e Satya Nadella, CEO da Microsoft, discordam principalmente sobre o momento em que a AGI será atingida. Altman acredita que o desenvolvimento está prestes a acontecer, enquanto Nadella enxerga o conceito como algo ainda distante e especulativo.
A OpenAI e a Microsoft estão atualmente renegociando seu contrato comercial, que possui um ponto crucial relacionado ao acesso exclusivo da Microsoft aos modelos de IA da companhia de Altman. Esse acordo estipula que a OpenAI só pode vender seus softwares por meio da plataforma Azure, o que tem gerado tensões entre as duas empresas.
Se a OpenAI decidir declarar uma AGI "suficiente", ela poderá vender ou licenciar suas tecnologias para outros provedores de nuvem, liberando suas inovações para a concorrência, o que entra em conflito com os interesses da companhia liderada por Nadella.
A Microsoft tem grande controle sobre a propriedade intelectual da OpenAI e as negociações se intensificaram à medida que a dona do ChatGPT avança para se transformar em uma empresa com fins lucrativos. Nesse novo cenário, a Microsoft sugeriu uma participação de 35% na futura OpenAI.
“Temos uma parceria de longo prazo e produtiva, que tem entregado ferramentas incríveis de IA para todos. As conversas estão em andamento e estamos otimistas de que continuaremos a construir juntos pelos próximos anos”, afirmaram representantes das empresas em comunicado conjunto ao Wall Street Journal.