Inteligência Artificial

A superinteligência vai ser código aberto? Reflection AI levanta US$ 1 bilhão para tentar

Fundada por ex-pesquisadores do Google DeepMind, empresa planeja desenvolver soluções automatizadas para programação e competir com grandes nomes do setor na oferta de soluções de código aberto, incluindo a Meta, a chinesa DeepSeek e a francesa Mistral

Sediada em Nova York, Reflection AI foi fundada há cerca de um ano por Misha Laskin e Ioannis Antonoglou, que trabalharam na IA Gemini, do Google (Reprodução)

Sediada em Nova York, Reflection AI foi fundada há cerca de um ano por Misha Laskin e Ioannis Antonoglou, que trabalharam na IA Gemini, do Google (Reprodução)

Publicado em 5 de agosto de 2025 às 10h18.

A Reflection AI, startup com sede em Nova York, está em negociações para levantar mais de US$ 1 bilhão com o objetivo de desenvolver inteligência artificial de código aberto. A empresa foi fundada há cerca de um ano por Misha Laskin e Ioannis Antonoglou, ex-pesquisadores do Google DeepMind que trabalharam no desenvolvimento da IA Gemini.

No competitivo mercado de IA, a Reflection planeja competir com grandes nomes do setor na oferta de soluções de código aberto, incluindo a Meta, a chinesa DeepSeek e a francesa Mistral. Segundo fontes da The Information, a startup já assegurou a maior parte de seu objetivo de captação de recursos.

Nos últimos 12 meses, ela tem se dedicado ao desenvolvimento do Asimov, um agente de IA projetado para programação que gera código a partir da análise de dados corporativos. O objetivo da Reflection é possibilitar a automatização de processos repetitivos e rotineiros da engenharia de software, como a migração de bancos de dados e a refatoração de código.

Embora ainda gere uma receita modesta com clientes corporativos em uma fase inicial, a startup atraiu investidores de destaque, como Lightspeed Venture Partners, Sequoia Capital e CRV. A PitchBook já avaliou a Reflection em US$ 545 milhões.

Demanda por IA de código aberto

Esse movimento de captação ocorre em um contexto de crescente demanda por modelos de IA de código aberto entre empresas dos EUA, impulsionado por preocupações com a segurança de dados ao utilizar provedores chineses e pela necessidade de soluções mais personalizáveis.

Desde o lançamento da DeepSeek, em janeiro, empresas chinesas como Baidu, Huawei, Alibaba e Xiaomi vêm expandindo sua oferta de produtos baseados em IA com código aberto, uma estratégia para aumentar sua base de clientes e expandir seu soft power globalmente.

Nesse cenário, o novo plano de ação para IA apresentado pelo governo dos EUA coloca o incentivo à IA de código aberto como uma das prioridades da administração de Donald Trump, transformando essa abordagem em uma questão de preocupação nacional, especialmente diante da competição com a China.

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