Inteligência Artificial

A vez dos franceses: Mistral lança ferramenta para criação de agentes de IA

Nova interface permite delegação de tarefas entre agentes e reduz complexidade do armazenamento de conversas em servidores locais

Publicado em 28 de maio de 2025 às 15h44.

Última atualização em 29 de maio de 2025 às 16h39.

Na quarta-feira, 28, a startup francesa de inteligência artificial Mistral anunciou uma grande atualização em sua plataforma: Agents API. Com ele, usuários podem construir agentes autônomos alimentados por grandes modelos de linguagem (LLMs), capazes de receber instruções de alto nível, planejar, usar ferramentas, executar etapas de processamento e agir para alcançar objetivos específicos.

Na prática, funciona como um prompt do sistema combinado a um conjunto de ferramentas que operam em loop. A nova API gerencia o estado da conversa no servidor, similar à Responses API lançada pela OpenAI em março. Assim, desenvolvedores não precisam mais armazenar localmente o histórico da conversa para enviar novas mensagens.

Entre as funcionalidades anunciadas, estão as aplicações para as quais todos os fornecedores de LLMs começaram a convergir: execução de código, geração de imagens, pesquisa na internet, biblioteca de documentos e suporte ao Model Context Protocol (MCP).

Também foi implementado o recurso de transferência entre agentes, que permite que um deles possa ser designado para delegar tarefas a outro ou outros. Essa cadeia possibilita que várias ações sejam executadas a partir de uma única solicitação.

Embora promissora, sua utilidade prática ainda é questionável, já que mecanismos similares da OpenAI, presentes no Agents SDK, ainda não conquistaram uso frequente.

Aposta francesa para concorrer no mercado global de IA

Lançada em 6 de fevereiro, a assistente de IA da Mistral, le Chat, alcançou 1 milhão de downloads em iPhones e Androids em menos de 20 dias. De acordo com a empresa, o aplicativo oferece a inferência mais rápida do planeta, com mil palavras por segundo.

A startup é uma promessa para tornar não só a França, mas a Europa como um todo, competitiva no mercado global, no qual EUA e China seguem na liderança.

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