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Publicado em 25 de novembro de 2025 às 10h53.
Na rota para se tornar lucrativa em 2028, a Anthropic anunciou nesta segunda‑feira, 24, o lançamento do modelo de inteligência artificial Claude Opus 4.5, que, segundo a empresa, reúne avanços significativos tanto em programação quanto em uso corporativo. Em um post no blog oficial, a startup classifica essa versão como “inteligente, eficiente e o melhor do mundo para escrita de código, agentes e uso de computadores”.
Com a atualização de seu modelo mais avançado, a família Claude está completa: o Sonnet 4.5, de médio porte, chegou ao mercado no final de setembro, enquanto o Haiku 4.5, mais barato e de menor porte, foi lançado em meados de outubro.
Na avaliação da companhia, o Claude Opus 4.5 entrega desempenho de ponta em engenharia de software, superando qualquer candidato humano em um teste interno limitado a duas horas. Ele também é o primeiro a marcar mais de 80% no benchmark de programação SWE-Bench, no qual o Gemini 3 Pro, do Google, marcou 76,2% e o GPT-5.1-Codex-Max, da OpenAI, chegou a 77.9%.
Além disso, a empresa destaca ganhos em visão, “raciocínio” e matemática, bem como em tarefas mais cotidianas como preparar slides, lidar com planilhas e fazer pesquisas profundas (deep research). Desse modo, o Claude Opus 4.5 é descrito como capaz de executar tarefas até então consideradas quase impossíveis para versões anteriores.
A nova versão está disponível para uso via aplicativo, API e nas três principais plataformas de computação em nuvem. O preço anunciado é de US$ 5/US$ 25 por milhão de tokens – fato que, segundo a Anthropic, amplia o acesso de equipes e empresas aos “níveis Opus”.
Paralelamente, a startup lançou atualizações no Claude Developer Platform, no Claude Code e nos apps de consumo, incluindo integrações com Microsoft Excel, Google Chrome e desktop.
Outra novidade é que versão paga do Opus 4.5 não possui mais limite da chamada janela de contexto. Ou seja, usuários podem manter conversas longas no mesmo chat, com espaço liberado por resumos automáticos gerados pela IA para preservar o histórico da conversa.A atualização da Anthropic chega em momento de intensa concorrência no setor de IA corporativa, que está no centro da estratégia da empresa para chegar à lucratividade em 2028. As ferramentas são utilizadas, por exemplo, para programação, automação de tarefas de engenharia, análise de dados e funções agentes, em que sistemas de IA operam de forma autônoma para auxiliar o usuário.
Segundo o comunicado da empresa, o Claude Opus 4.5 representa um avanço e antecipa mudanças na forma como o trabalho será realizado. Para corroborar as melhorias, a Anthropic apresenta no blog depoimentos de executivos de empresas que tiveram acesso antecipado ao modelo, como a Windsurf (hoje parte da Cognition), Replit e Lovable – três startups também focadas em ferramentas para programação.