Inteligência Artificial

Após atingir os US$ 4 trilhões, Nvidia planeja novo chip de IA exclusivo para o mercado chinês

Com planos previstos para setembro, empresa está agora em busca de garantias do governo Trump para evitar que o produto seja proibido logo após seu lançamento

Jensen Huang: CEO da Nvidia (David Paul Morris/Bloomberg)

Jensen Huang: CEO da Nvidia (David Paul Morris/Bloomberg)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 10 de julho de 2025 às 09h49.

Mesmo tendo superado Apple e Microsoft e se tornado a primeira empresa da história a atingir um valor de mercado de US$ 4 trilhões, a Nvidia não planeja parar por aí. A empresa está se preparando para lançar um novo chip de inteligência artificial projetado especialmente para a China, com previsão para setembro.

Essa versão modificada do processador Blackwell RTX Pro 6000 foi adaptada para atender às novas regras de controle de exportação dos Estados Unidos, implementadas pelo presidente Donald Trump. O novo chip terá a remoção de tecnologias avançadas, como memória de alta largura de banda (HBM) e NVLink, que são essenciais para a transferência de dados mais rápida.

Jensen Huang, CEO da Nvidia, deve se reunir com líderes chineses durante sua visita à Exposição Internacional de Cadeia de Suprimentos em Pequim, marcada para iniciar na próxima quarta-feira, 16. Huang tem adotado uma postura mais diplomática nas relações com os líderes de China e EUA, buscando assegurar a presença da Nvidia em um mercado externo crucial.

O lançamento do chip ocorre em meio à batalha contínua de Nvidia com as restrições de exportação, que já causaram perdas significativas à empresa. Com planos previstos para setembro, ela está agora em busca de garantias do governo Trump para evitar que o produto seja proibido logo após seu lançamento.

Por que há interesse por chips menos avançados da Nvidia?

Embora o desempenho do novo chip não seja comparável aos produtos de ponta da empresa ou às alternativas de concorrentes chineses, ainda há interesse por parte dos grandes clientes locais, como Alibaba, ByteDance e Tencent.

Isso porque, apesar de estarem testando alternativas, a transição do sistema de software da Nvidia (Cuda) para outras plataformas poderia resultar em custos operacionais elevados, além de interrupções no desenvolvimento. Assim, empresas optam por continuarem com os produtos da Nvidia, mesmo que com menor demanda em relação a outros modelos, já que há receio de depender exclusivamente de um produto cujo acesso pode, novamente, ser restrito.

Representando 13% das vendas globais, com receita de US$ 17,1 bilhões, o mercado chinês é o quarto maior para a empresa. Por isso, o foco da Nvidia na China, que permanece um elefante na sala de todos que negociam com produtores e consumidores chineses, ao menos enquanto a guerra comercial seguir vigente.

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