Pesquisadores de Stanford e BetterUp mostram que o uso excessivo da IA está criando “passageiros” digitais que geram conteúdo bonito, mas vazio, e sobrecarregam colegas com retrabalho (Getty Images). (Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 7 de outubro de 2025 às 11h08.
O avanço das ferramentas de inteligência artificial está dividindo os profissionais de escritório em dois grupos: os “pilotos”, que usam a tecnologia para aprimorar ideias e precisão, e os “passageiros”, que delegam tarefas à IA e inundam caixas de entrada com textos longos e superficiais — o chamado “workslop”.
O termo, criado por pesquisadores do Stanford Social Media Lab e da BetterUp, descreve a enxurrada de conteúdo artificialmente polido, mas sem valor real. E o impacto já é mensurável. 40% dos profissionais afirmam ter recebido “workslop” no último mês, e cerca de 15% das comunicações corporativas se encaixam nessa categoria.
O estudo mostra que os “pilotos” usam a IA 75% mais no trabalho e 95% mais fora dele, sempre para ampliar criatividade e produtividade. Já os “passageiros” preferem deixar que a IA faça o trabalho, o que gera perda de qualidade e confiança.
Os pesquisadores recomendam que empresas criem protocolos próprios de uso da IA, com feedback humano constante e boas práticas internas, para evitar o simples copiar e colar de respostas automáticas.
Outro fator determinante é o otimismo. Profissionais mais confiantes tendem a adotar IA de forma estratégica e colaborativa, enquanto os pessimistas a veem apenas como um atalho.
O impacto do uso desatento da IA é alto. O estudo estima um “imposto invisível” de US$ 186 por funcionário por mês em perda de produtividade. Em uma empresa com 10 mil colaboradores, o custo anual ultrapassa US$ 9 milhões.
Mais da metade dos entrevistados disse sentir irritação, confusão ou até ofensa ao receber textos gerados por IA. Cerca de 50% passaram a considerar esses colegas menos criativos e confiáveis, e um terço relatou não querer mais trabalhar com eles.
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