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Publicado em 8 de julho de 2025 às 14h04.
Após um período de inovações discretas desde 2020, a IBM anunciou nesta terça-feira, 8, sua nova linha de chips e servidores Power11, com foco em facilitar a adoção de inteligência artificial (AI) no ambiente corporativo. De acordo com a empresa, os novos sistemas são mais eficientes energeticamente do que as opções concorrentes, como os chips da Intel e da AMD, especialmente em data centers.
A linha Power da IBM tradicionalmente compete com as soluções de empresas como a Intel e a AMD, sendo amplamente adotada em setores como serviços financeiros, manufatura e saúde, onde a demanda por processamento de dados intensivo é alta. Assim como os servidores da Nvidia, que são projetados para a criação e treinamento de modelos de IA, os sistemas Power11 integram chips e software em um único pacote.
Tom McPherson, gerente geral da divisão Power Systems da IBM, destacou que a principal vantagem dos sistemas Power11 é a integração entre seus componentes, pensada para aumentar a confiabilidade e a segurança. Uma das inovações mais significativas da linha Power11 é a eliminação das paradas programadas para atualizações de software, uma característica que, segundo McPherson, visa minimizar o impacto das manutenções nos processos empresariais.
Além disso, a segurança foi um dos pontos focais do desenvolvimento dos novos chips. O sistema Power11 tem a capacidade de detectar e responder a ataques de ransomware em menos de um minuto, oferecendo uma camada adicional de proteção contra ameaças cibernéticas, que têm se tornado cada vez mais sofisticadas e prejudiciais para empresas globais.
Os sistemas Power11 estarão disponíveis a partir de 25 de julho, com a IBM planejando integrá-los ao seu chip de IA Spyre até o final do ano. A IBM esclareceu que não está tentando competir diretamente com a Nvidia em relação ao desenvolvimento de sistemas de IA para treinamento, mas que seu foco é simplificar o uso da IA no processo de inferência, ou seja, quando a IA é aplicada para acelerar tarefas empresariais de forma mais eficiente.
Enquanto a IBM não busca rivalizar com empresas como a Nvidia no treinamento de IA, sua proposta com os Power11 visa preencher uma lacuna na utilização prática dessa tecnologia. Ao permitir que empresas implementem soluções de IA com mais facilidade e sem grandes interrupções operacionais, a companhia espera atrair um novo nicho de clientes que buscam robustez e escalabilidade, sem a complexidade técnica associada ao desenvolvimento de modelos de machine learning (ML).