Inteligência Artificial

Juiz decide contra Google em caso antitruste, mas concorrentes dizem que punições são brandas

Empresa foi considerada monopolista em buscas e publicidade, mas não terá que vender o Chrome nem cortar acordos com Apple e Mozilla

Publicado em 3 de setembro de 2025 às 09h52.

Última atualização em 3 de setembro de 2025 às 10h15.

O juiz Amit Mehta, responsável pelo caso antitruste contra o Google, emitiu sua decisão final na terça, 2, após uma longa batalha judicial. No entanto, críticos, incluindo políticos e líderes de empresas concorrentes, afirmam que as medidas não são suficientes para conter o domínio da empresa.

No julgamento, o Google foi considerado monopolista nos mercados de pesquisa e publicidade e deverá compartilhar alguns dados de busca com seus concorrentes. Entretanto, a empresa não precisará vender o navegador Chrome ou interromper todos os pagamentos a parceiros, como Apple ou Mozilla.

Por isso, a senadora Amy Klobuchar criticou o julgamento, destacando que as medidas são insuficientes para frear o poder do Google sobre a economia digital. Ela reforçou a necessidade de uma regulamentação mais rígida, como a American Innovation and Choice Online Act, para garantir a concorrência no setor e a aplicação da lei mesmo a empresas poderosas como as big techs.

Gabriel Weinberg, CEO do mecanismo de busca DuckDuckGo, também expressou desapontamento com a decisão, afirmando que o Google continuará usando seu monopólio para dificultar a concorrência, inclusive no campo da inteligência artificial. Ele enfatizou que o Congresso precisa intervir para criar um ambiente mais justo para os competidores.

Por outro lado, Matt Schruers, presidente da Computer & Communications Industry Association, elogiou a decisão por rejeitar a proposta de quebra do Google, mas alertou sobre as implicações do compartilhamento de dados. Assim como outras pessoas, ele levantou questões sobre privacidade e segurança nacional.

Apesar das avaliações distintas, a decisão de Mehta marca um ponto significativo nessa disputa. O Google ainda pretende recorrer das condenações, o que adia a aplicação de eventuais punições.

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