Meta: empresa pausou contratações após gastar bilhões de dólares nos últimos meses para expandir a área de IA (Chesnot/Getty Images)
Redatora
Publicado em 22 de agosto de 2025 às 14h21.
A Meta vai reforçar sua divisão de inteligência artificial com a contratação de mais um nome de peso da Apple, mesmo em meio a um plano de desaceleração nas admissões, segundo informações da agência Bloomberg.
Frank Chu, que liderava equipes de IA da Apple focadas em infraestrutura de nuvem, treinamento e busca, vai se juntar ao Meta Superintelligence Labs (MSL).
Chu é o sexto funcionário da Apple na área de modelos de IA a migrar para a Meta. Ele foi responsável por gerenciar a execução de modelos de linguagem nos servidores em nuvem da Apple e participou do desenvolvimento de recursos de busca para a assistente de voz Siri e serviços de entretenimento.
Na Apple, atuava diretamente subordinado a Benoit Dupin, chefe de infraestrutura de IA, que por sua vez se reporta a John Giannandrea, responsável pela estratégia de IA da empresa.
A saída de Chu se soma a uma debandada iniciada em julho, quando Ruoming Pang, criador da equipe de modelos de IA da Apple, aceitou um pacote de US$ 200 milhões para trabalhar na Meta. Desde então, engenheiros como Tom Gunter, Mark Lee, Bowen Zhang e Yun Zhu também trocaram a companhia de Cupertino pela empresa de Mark Zuckerberg.
Na Meta, Chu integrará uma nova equipe dedicada à infraestrutura de IA. A companhia reorganizou recentemente a divisão em quatro áreas sob comando de Alexandr Wang, ex-Scale AI.
Em paralelo à chegada de Chu, a Meta anunciou uma pausa temporária nas contratações do MSL após gastar bilhões de dólares nos últimos meses para expandir a área.
De acordo com memorando interno obtido pela Bloomberg, a pausa tem como objetivo planejar o crescimento do quadro em 2026. “Vamos avaliar contratações críticas para o negócio caso a caso”, segundo consta no documento.
Apesar da pausa, Wang afirmou em uma rede social que a empresa está “investindo cada vez mais no Meta Superintelligence Labs”.
Para a Apple, as saídas aumentam a pressão sobre seus esforços em IA, que já vinham enfrentando atrasos. A empresa estuda usar modelos de terceiros para aprimorar a Siri - isso após uma reestruturação interna e a saída de Pang, o que provocou instabilidade na equipe de modelos de IA.