Meta AI: empresa busca inovação na criação de peças publicitárias do zero.
Freelancer
Publicado em 2 de junho de 2025 às 11h20.
Última atualização em 2 de junho de 2025 às 11h32.
A Meta deve automatizar a criação de publicidades com inteligência artificial até o final de 2026.
Fontes próximas à empresa relataram que a IA irá permitir que marcas criem e direcionem anúncios de forma totalmente automatizada, segundo informações do jornal The Wall Street Journal.
A plataforma da Meta já oferece algumas ferramentas básicas de IA, que são capazes de gerar variações de anúncios existentes e realizar algumas modificações pequenas antes de direcioná-los aos feeds do Facebook e Instagram. Desta vez, a atualização terá o objetivo de permitir que as empresas desenvolvam campanhas publicitárias do zero.
A inteligência artificial aplicada à publicidade é considerada um dos pilares no plano de transformação da Meta, segundo Mark Zuckerberg. Em 2024, os anúncios representaram mais de 97% da receita da empresa e continuam sendo a principal fonte de financiamento para seus investimentos bilionários em infraestrutura de IA, como chips, data centers e o desenvolvimento de modelos avançados.
Com as novas ferramentas em fase de testes, a ideia é que uma marca possa fornecer apenas a imagem de um produto e um valor de investimento. A partir disso, a IA seria capaz de criar toda a campanha publicitária, incluindo fotos, vídeos e textos, além de selecionar automaticamente os públicos ideais em casa rede social.
Outro avanço planejado por Zuckerberg seria a personalização de anúncios em tempo real. A tecnologia deve permitir que diferentes versões de um mesmo anúncio sejam exibidas de acordo com o usuário final. Uma conta em uma região de neve, por exemplo, poderia ver um carro sendo dirigido em uma estrada montanhosa, enquanto outro, em área urbana, visualizaria o mesmo veículo circulando pelas ruas da cidade.
“Nós queremos chegar a um ponto em que qualquer negócio possa apenas nos dizer o que quer — vender um produto ou atrair novos clientes —, definir quanto está disposto a pagar por resultado, conectar a conta bancária, e então deixamos o resto com a gente”, afirmou Zuckerberg na reunião anual com acionistas. Em outra ocasião, ele descreveu essa transformação como “uma redefinição da categoria de publicidade”.
Para pequenos e médios anunciantes, que formam a maioria dos clientes da Meta, a promessa de campanhas automatizadas pode ser vantajosa, considerando que muitos não possuem recursos para contratar agências ou produzir conteúdos profissionais.
Entretanto, algumas grandes marcas ainda enfrentam dúvidas sobre abdicar do controle criativo, temendo que os anúncios gerados por IA não tenham o mesmo impacto visual ou autenticidade de campanhas feitas por profissionais humanos, sendo considerados muito ‘robóticos’.
Além disso, embora o setor de tecnologia esteja otimista, muitas empresas ainda apontam falhas nas IAs disponíveis no mercado, como as famosas imagens com distorções. Para que esses problemas sejam corrigidos, os usuários acabam levando mais tempo e esforço na criação.
Nesse cenário, outras startups também estão oferecendo soluções semelhantes. Algumas marcas já utilizam plataformas como Midjourney e DALL·E, da OpenAI, para produzir anúncios digitais veiculados inclusive nas redes da Meta, que agora estuda como integrar esses serviços à sua própria estrutura.
Ainda segundo o jornal, o Google também entrou na corrida, apresentando recentemente uma nova versão do Veo — ferramenta que gera vídeos curtos a partir de comandos de texto — durante sua conferência anual de desenvolvedores.